
O ataque a zonas de finalização tem merecido particular atenção por parte daqueles que pretendem aproximar as suas equipas do sucesso. Existe uma preocupação com a forma como os avançados se movem, os espaços que ocupam, os movimentos que executam, etc.
Preencher as zonas de finalização com muita gente parece ser algo importante para quem ataca. O facto de aumentarem o número de soluções para a realização do último passe parece dificultar a ação de quem defende. No entanto, grande parte das equipas preocupa-se em distribuir os seus jogadores pelas diferentes zonas de finalização de forma equitativa. Porquê? Porque dessa forma existirão opções em diferentes zonas o que tornará a ação de quem ataca mais imprevisível.
Ainda assim, tendo em conta que a maioria das equipas defende de forma zonal, uma ocupação igual em termos númericos nas diferentes zonas não tornará mais fácil o trabalho de quem defende?
Imaginemos uma situação de cruzamento. A equipa que defende preocupa-se com a proteção da baliza. Coloca três jogadores nos espaços mais importantes: primeiro poste, zona de penalty e segundo poste.
Quem defende de forma zonal, à partida, nunca irá abdicar da ocupação destes espaços vitais. Ora, quem ataca, sabendo disso, não poderá reforçar a presença em determinada zona por forma a ganhar vantagem numérica em determinado espaço?
A mim, parece-me que sim. Em diversas situações de cruzamentos, mais do que a variabilidade de soluções, importa-me ganhar vantagem em determinada zona. O cruzamento é um passe. Se este for feito para o local exato onde criamos a superioridade, estaremos a criar mais dificuldades a quem defende.
A sobrelotação de determinado espaço poderá ser uma excelente forma de combater o poderio da defesa zonal.
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