Lições de Carlos Carvalhal

A obrigação de estarmos fechados tem tido o condão de fazer aparecer conteúdo com qualidade, através de diversas partilhas das pessoas do jogo que a todos nos apaixona.

Na página oficial da Periodização Táctica, Carlos Carvalhal, considerado aqui o treinador do ano, teceu uma série de considerações que importa dar relevo. Reunimos uma série delas:

“Quando chegamos ao Rio Ave, queriamos jogar como equipa grande mas, fundamentalmente, não jogar baseado num sistema mas sim baseado em conceitos.”

“Há sempre um compromisso entre a tua ideia de jogo e os jogadores que tens. Mas também te digo que entre as cortar as pernas aos meus jogadores para beneficiar a minha ideia de jogo não faço! A minha ideia de jogo é beneficiar e potenciar os meus jogadores!”

“Nós queremos uma equipa que defenda alto, com a linha defensiva sobre o meio campo, mas também queremos uma equipa que saiba defender médio ou médio/baixo, que saiba aproveitar o espaço em transição ofensiva, que tenha uma transição defensiva agressiva e ainda, qualidade na sua posse de bola. Isto para dizer que, dizer que uma equipa é de posse é demasiado redutor porque a equipa não têm de saber só jogar em posse...”

“Nessa altura, tínhamos a noção que as coisas estavam ligadas, isto é, não fazer exercícios que as coisas se esgotassem no ataque porque, no jogo, quando tu perdes a bola, vêm o momento de transição defensiva.”

“No entanto, hoje em dia, a nossa preocupação é perceber como é que vamos recuperar defensivamente após pressionar alto e defender baixo, e posteriormente, pressionar médio ou até alto e ainda, o que vai fazer quando recuperar a bola baixo, médio ou em zonas altas.”

“Na pré época, desde o primeiro dia, é tentar o mais rapidamente possivel fazer com que a equipa jogue à nossa imagem.”

“Há um trabalho desde o 1ªdia entre a linha defensiva e o GR, que considero muito importante pelas distâncias.”

“Considero muito importantes as relações que se criam também no treino, até relações emocionais, que se transferem no jogo. E, fundamentalmente, estas ligações fazem que o nosso jogo seja, permanentemente, ligado.”

“Se o adversário não tem capacidade para pressionar, abdicamos da construir a 3 e possivelmente, construimos a 2. No entanto, temos diversas formas de construir para reagir aos constrangimentos do adversários.”

“No processo de recuperação, utilizamos um trabalho para ajuda-los a recuperar com as mesmas fontes energéticas do jogo mas à micro-escala, ou seja, fazer um jogo de 3×3 de 30 segundos com alta intensidade com 1 minuto e meio de descanso. O mesmo padrão do jogo numa situação mais micro. No fundo, é um despertar do organismo.”

“A Criatividade individual depende do contexto. Um jogador criativo pode dar menos ou mais toques, depende da sua capacidade. Há jogadores extremamente criativos a jogar a um toque. Mas também há, jogadores criativos que necessitam de sentir a bola no pé.”

Conteúdos exclusivos na página de Patronos (aqui)
Por um valor simbólico (a partir de 1 Euro / mês) não só tem acesso a novos conteúdos, como dá uma preciosa ajuda ao projecto a pagar os softwares de análise. Muito obrigado!

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*