
Golear e Convencer. Assim foi a estreia de Portugal na presente edição da Liga das Nações – Quatro golos e outras tantas bolas nos ferros que poderiam ter transportado a goleada para números históricos foram a marca de uma selecção arrumada, criteriosa e talentosa. Contra a vice campeã do Mundo, recorde-se.

Vinte e sete finalizações contra cinco, traduzem bem a superioridade da equipa de Fernando Santos – Controlo Defensivo que encurtou espaços e tirou possibilidades ao Ataque Organizado Croata, aliado a um critério com bola elevadíssimo que junto com o equilibrio defensivo que Moutinho e Danilo acrescentaram ao colectivo luso, permitiram que também na Transição Defensiva Portugal estivesse a um nível elevadíssimo.

Enquanto a equipa Croata foi capaz de manter concentração defensiva, emergiu João Cancelo. O lateral português desestabilizou por completo toda a estrutura adversária – Ultrapassou sistematicamente opositor direto, atraiu cobertura e alimentou a grande área ou … finalizou! Primeiro para uma defesa tremenda do guardião adversário e posteriormente num golo de belo recorte técnico que abriu o marcador.
A presença de João Felix como “falso” avançado centro teve o condão de potenciar ainda mais a qualidade da chegada às zonas de criação – O trabalho para receber do avançado luso colocou dúvidas na organização croata, e a forma como se foi associando com os movimentos de Bruno Fernandes foi uma fonte de problemas para os croatas que se viram sem referências de marcação tamanha era a mobilidade de um ataque que ainda contou com chegada em condução de Bernardo Silva e com as diagonais sempre perigosas de Diogo Jota.
Outro destaque importante para Danilo – Atingiu um nível impressionante e é muito mais do que o “comedor de metros” ao qual por vezes o tentam reduzir – Não perde a posse mesmo em condução, aproxima a equipa, equilibra-a e permite recuperações rápidas no momento de transição, e ainda é um dos melhores a nível europeu na recuperação defensiva em momento de Transição. Ter Danilo a proteger quarteto defensivo é garante de solidez.
Um Portugal Tático, preparado por Fernando Santos para mostrar competência em todos os momentos que aproveitou e ainda potenciou o talento de Felix, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Cancelo e Diogo Jota, os ases à solta que o puderam ser pelo equilíbrio que outros garantiram.
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Um dos melhores jogos que vi nos últimos tempos da seleção! Foi um regalo ver aquela frente de ataque a dinamitar a defesa croata com assertividade elevadíssima e uma fluxo de jogo como há muito não via com jogadas com principio meio e fim. Ter Bruno, Felix (Bernardo e Jota já lá andam a algum tempo) em ligas de topo com exigências superiores começa a dar os seus frutos 🙂
O jogador que mais me impressionou foi mesmo Jota, apareceu imensas vezes entre linhas a fugir da marcação e a dar apoio frontal a quem conduzia o ataque o que fazia com que as jogadas fluissem e resultam em situações de perigo
Coincidência ou não, este jogo e os jogos da primeira fase da edição anterior, sem
Ronaldo, foram os jogos taticamente mais interessantesda seleção na era FS.
Também ajuda não ter lá o Ronaldo. Ou… Como melhora sem o melhor
Chega Ronaldo e tudo desaparece, não por culpa do jogador, mas sim porque fica tudo obcecado em passar-lhe a bola, e com conferências de imprensa gastas a encher-lhe o ego – com a conivência dos colegas de equipa. Um bocado de mais auto-estima para estes senhores jogadores, por favor!