A vitória do Futebol Clube do Porto frente ao Moreirense acabou por não ser tão tranquila como o resultado de 3-0 sugere. Os campeões nacionais não conseguiram traduzir o domínio na primeira parte em golos, e mesmo mantendo alguma facilidade para chegar a espaços perigosos em frente à linha defensiva do Moreirense, nunca pareceu muito certeiro no último terço. Sem o brilho de outros craques, acabou por ser Sérgio Oliveira a destacar-se, mais uma vez, no meio-campo dos dragões. Um jogador que continua a ser desvalorizado por muita gente, mostra fim-de-semana após fim-de-semana que é um dos jogadores do nosso campeonato que mais evoluiu nos últimos anos, estando cada vez mais competente nos diferentes momentos do jogo, com e sem bola.
Num jogo em que acaba com um golo e uma assistência, Oliveira esteve presente em muito mais situações do jogo: importantíssimo a precaver as transições dos adversários, a recuperar a bola e deixá-la jogável para progredir no terreno, e também ao nível dos passes progressivos, que tantas vezes quebraram a linha média do Moreirense, ou que exploraram as costas dos defesas da equipa visitante (foram 12 passes progressivos certos, citando os dados da “GoalPoint”). Um autêntico monstro no meio-campo, que está muito melhor no capítulo ofensivo e vai traduzindo essa evolução em números muito interessantes: são já 6 golos (3 penalty) e 4 assistências esta época. Os melhores momentos de Oliveira frente ao Moreirense, com destaque para o seu timing e concentração que antecipam as recuperações de bola (9 no total). É caso para dizer, como o próprio tornou famoso, “Equilibras e desequilibras tanto, Oliveira”:
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Imagino acréscimo qualitativo que um jogador destes traria ao sporting.
Um mini pirlo português.