CURTAS BENFICA VS VITÓRIA SPORT CLUBE

Darwin no banco de suplentes, Everton de volta ao onze e o regresso ao 4x4x2 foram as primeiras notas de destaque no xadrez encarnado na noite de hoje.

Com Pizzi mais perto de Seferovic, encarnados criaram mais condições para se associarem em zona de criação;

Cervi e Everton a procurarem muito a zona interior para procurar combinar com os colegas dentro do bloco adversário, dando os corredores laterais à projeção dos laterais;

Vitória maioritariamente em organização defensiva organizado em 4x4x2 com André Almeida juntar a Estupinan na frente;

Minhotos com dificuldades em saltar primeira linha de pressão do Benfica, tentando atrair encarnados ao corredor esquerdo para libertar o corredor contrário na busca de ações de 1×1 e cruzamento de Quaresma. Uma ação conseguida apenas por uma vez nos primeiros 45 minutos.

Do lado do Benfica, os primeiros 45 minutos não trouxeram golos mas o imenso volume ofensivo dos encarnado esteve muito alavancado pelas boas referências de pressão de Weigl e Taarabt.

A dupla de médios encarnada é aquela que melhor relação tem com a bola e, com isso, perde menos vezes a bola e expõe menos os encarnados às transições adversárias. O marroquino terminou a primeira parte com 100 por cento de eficácia de passe, um aspecto que vinha sendo um dos motivos da quebra de produção do médio benfiquista;

A turma lisboeta perdeu qualidade de jogo na segunda- parte. Mais uma vez, as mexidas na equipa tornam-na pior e mais ansiosa no jogo;

Com o passar dos minutos os comandados de Jesus procuraram cada vez mais a largura e as ações de cruzamento;

Ao Benfica faltam avançados com relação com o golo e conforto em zonas de criação. Torna-se cada vez mais evidente que Luca (lesionado) é, de todos os avançados do plantel, o mais capaz em ambos os aspectos;

Foi na sequência de uma ação de cruzamento e já nos descontos que Pedrinho teve a oportunidade mais flagrante para o Benfica, ao minuto 92. O brasileiro rematou por cima à boca da baliza;

Destaque pela negativa para Gabriel. Com duas perdas de bola infantis, já nos descontos, o brasileiro colocou a bola nos pés de Edwards que, sobretudo na segunda oportunidade, esteve muito perto de dar a vitória aos visitantes;

Os encarnados estão, no fim da primeira volta, a 11 pontos do líder, algo difícil de encaixar com o investimento e a expectativa criada no início da temporada.

DESTAQUES INDIVIDUAIS

Weigl e Taarabt. Foram os dois elementos que mais foram aproximando a equipa do sucesso, mas a incapacidade da equipa em ser criativa e dinâmica em zona de criação impediu os encarnados de atingir o sucesso, ou seja, o golo.

Otamendi foi o melhor em campo esta noite, na Luz. O argentino ganhou todos os duelos, comandou a última linha encarnada e está, também, cada vez mais confortável com bola, no início de construção. Mas, quando o destaque de uma equipa grande, num jogo em sua casa, é um defesa central, alguma coisa não está bem.

2 Comentários

  1. O texto quase não aborda o Vitória, o que é engraçado mas faz sentido. Porque é uma equipa cheia de maneirismos e fogos-de-artifício que não assusta um cágado.

    É orientada por um treinador (mais um deste estilo) que me enoja, dá-me vómitos. Que nojo de equipa, foda-se, especuladores, trauliteiros, medrosos, manhosos, fazem os possíveis e os impossíveis para não jogar nem um bocadinho de futebol. Parece mesmo que detestam o jogo!

    Da outra vez diziam vocês que tinham montado um autêntico castelo na Luz, mas qual castelo? Um castelo que, olhado à distância, assemelha-se a um cagalhão bem enrolado.

    Não levaram uma caldeirada para casa porque o Benfica fez quase tudo bem (especialmente na primeira parte e com várias ocasiões, só o Seferovic teve algumas três)… até à entrada da área. Dali para a frente quase não se aproveita um passe, uma finalização.

    E lá volto eu a bater na mesma tecla, o que se viu ontem na frente foi uma equipa indecisa, inconsistente mesmo no gesto técnico, na execução, parecia um jogo de pré-época, com poucos treinos. Mesmo a decadência ao longo da partida fez lembrar os jogos de preparação.

    O Grimaldo desde que voltou do internamento caseiro parece que tem a cabeça desligada, ontem na primeira parte, depois de um bom passe picado do Cervi (detesto estes passes mas até saiu bem porque ficou à frente do corpo e à mercê do pé do colega, quando assim não acontece a bola tem de bater na relva, facto que torna a recepção bem complicada), entra na área e com o Seferovic na posição correcta para encostar faz um passe atrasado. Duh. Nos últimos jogos o rapaz não acerta sequer uma acção com bola, decide e escolhe sempre os caminhos mais complicados. É só um exemplo.

    • Equipas más que não dão o flanco e não se abrem todas para a equipa dos cem milhões, do “melhor treinador português de sempre” e do “novo Cavani!” Maus!

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