Benfica vs Boavista: Um jogo que fez respirar o Benfica – curtas

Com Chedozie expulso aos 8 minutos de jogo, a estratégia de Jesualdo em condicionar o jogo encarnado ficou, desde cedo, comprometida. Se antes do apito inicial já se esperava um jogo com um Benfica, maioritariamente, em organização ofensiva, essa foi uma tendência ainda mais marcada com a expulsão axadrezada.

Perante a desvantagem Jesualdo muda o figurino para um 4x4x1 com Angel e fechar o corredor esquerdo quando a equipa não tinha a bola e por dentro, em posse;

Com a linha defensiva e a linha média muito próximas, o Boavista procura fechar o espaço interior e convidar o Benfica a conduzir os ataques por fora do seu bloco;

Benfica sempre com laterais projetados e os médios ala por dentro na busca de diagonais nas costas da linha média axadrezada. tentando combinar quer por dentro com os avançados, quer por fora, com os laterais, sempre em largura e projetados;

Destaque para Luca que, na primeira parte foi o principal dinamizador do ataque encarnado. O alemão esteve sempre cómodo entre as linhas axadrezadas, quer recebendo de frente ou de costas para o jogo;

Mais confortável na meia direita, o avançado alemão foi-se associando maioritariamente com Rafa e Diogo Gonçalves que, juntos, foram dando fluidez ao jogo encarnado;

Diogo Gonçalves prova a cada jogo que não fica a dever nada a Gilberto. O jovem português é mais rápido e melhor tecnicamente que o ex-Fluminense e acrescenta à capacidade de associação do brasileiro, uma muito melhor precisão nas ações de cruzamento;

Jesualdo colocou Angel mais por dentro na segunda parte, para mesmo em bloco baixo ter o luso-inglês sempre mais próximo da baliza encarnada para uma possível transição, mas o 2-0 fechou a história do jogo e a dupla de avançados axadrezada acabou por ser substituída aos 76 minutos, num jogo que foi perdendo qualidade e intensidade com o passar dos minutos e as substituições.

Destaques Individuais

Diogo Gonçalves é cada vez mais uma certeza para a titularidade no lado direito na defensiva encarnada. Se o jovem português ainda denota algumas dificuldades em fechar o espaço interior, sem bola, demonstra ser muito mais competente do que Gilberto em todos os outros capítulos do jogo. Mais uma grande exibição, hoje coroada com duas assistências.

Seferovic bisou e viu mais um golo anulado. O suíço não é um primor de técnica mas é muito batalhador e vai somando os seus golinhos a “um toque”, que já lhe dão distância como melhor marcador da equipa.

Javi Garcia jogou a central e foi o farol da equipa visitante num jogo difícil onde o Boavista esteve a maior parte do tempo em organização defensiva. No regresso à Luz, o espanhol foi, com o seu sentido posicional, evitando males maiores para a sua equipa.

Luca foi o grande dinamizador da zona de criação encarnada, até ter saído ao minuto 55. A qualidade técnica e de decisão do alemão podem transportar a qualidade de jogo do Benfica para outro patamar qualitativo.

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