All the way to the top!

No passado domingo, dia 16 de Maio, realizou-se a Final da Liga dos Campões Feminina, que já se saberia que viria a ter um vencedor inédito desde as meias finais. Após o PSG eliminar as Penta Campeãs em titulo, Lyon, viria a apanhar as actuais campeãs.

Mas quem são estas mulheres, e o que fizeram elas, para desbravar todo este caminho e chegar ao maior dos troféus europeus?

O percurso foi o da imagem a cima. Depois dos 16 avos e oitavos em que não encontraram competitividade, chegaram aos quartos contra uma equipa que até lhes poderia criar alguma dificuldade por ser conhecida pela capacidade de posse de bola em zonas recuadas para atrair e depois o ataque rápido da profundidade com individualidades muito desequilibradoras na frente. Não fez mossa! Seguiu-se o PSG: jogadoras experientes, nomes incríveis, 1º lugar francês e uma capacidade de jogo de corredores como ninguém. Envolvimento das laterais no processo ofensivo, poderio físico da Avançada, extremos muito repentinas e fortes no 1×1. Custou… mas foi! E depois a final. 4-0? Não parece possível que um jogo de tamanha dificuldade tenha sido resolvido tão facilmente: O Chelsea arrancou mal, com um autogolo, pouco depois um penaltie e depois não conseguiu reagir. Um jogo atípico que não condiz com a qualidade das equipas mas que, mesmo assim, nos deixou deliciados com pormenores desta nova equipa SENSAÇÃO da europa.

Vamos analisar:

Defensivamente, dominam as adversárias sem bola: orientam para a zona que querem e só depois pressionam. Uma equipa muito competente em organização, que forma vários triângulos para manter as coberturas próximas e retirar as linhas de passe e espaço ao portador da bola. Conseguem quase sempre condicionar o adversário para um corredor lateral onde posteriormente, com muita gente perto, conseguem recuperar a posse de bola. Fortíssimas nesse momento de pressão! Pressão essa a campo todo e com muito risco, pelo facto de meterem muita gente no centro do jogo e ficarem algo exposta no corredor contrário. De destacar a IMENSA qualidade das centrais que fazem o controlo da profundidade de forma eficaz, que se antecipam, que aproximam da avançada para retirar espaços e não deixar jogar e que, em par, se coordenam na perfeição!
Analisa o vídeo para mais pormenores!

Ofensivamente, têm muita paciência com bola, gostam de circular em largura e entre linhas e bloco das adversárias. Um movimento muito comum que as acompanhou ao longo desta competição foi a aproximação e movimento de apoio da avançada (quando joga a Jennifer Hermoso) e a rutura da médio interior para a profundidade. Esse movimento criou muitos desequilíbrios pois acaba por confundir as marcações e criou também situações de golo que poderão verificar alguns exemplos no vídeo. Para além disso, duas extremos de muita qualidade: Martens, jogadora que joga mais de fora para dentro para rematar com o pé forte (direito), forte no 1×1, criativa e muito perspicaz no timming de desmarcação, e Caroline Hansen com movimentos mais de extremo, jogo mais por fora para explorar maioritariamente o cruzamento, sendo que devido a essa característica é conhecida como a Rainha das assistências.

Resumidamente, uma equipa que conseguiu como um todo ser muito competente, consistente e dinâmica. E depois, individualmente, destacou-se com muita qualidade tanto no momento ofensivo como no momento defensivo. Deixo-vos também as 5 jogadoras que para mim foram as mais decisivas desta equipa:

Figura 1- Jennifer Hermoso; Lieke Martens; Aitana Bonmati; Mapi Léon; Andrea Pereira

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