

Ao minuto 71 Fernando Santos tirou Bernardo Silva que tinha rubricado um jogo bem conseguido, particularmente na forma como fora do bloco adversário sobre a meia direita deu saída para o ataque à equipa portuguesa, libertando Nelsinho para a profundidade, e lançou Rafa Silva, numa substituição que terá causado apreensão entre meio país.
Rafa não entrou bem – Foi muitas vezes o Rafa que conhecemos – Tentou acelerar no momento errado, perdeu várias bolas, sujeitou Portugal a ter de passar mais tempo em momento defensivo. A provável “opinião geral” estava correcta – Rafa Silva não poderia ter entrado.
Vinte minutos depois, Portugal celebrou uma robusta vitória com o extremo luso a ficar ligado ao jogo com a criação dos três golos. E agora?
Mexeu tarde Fernando Santos. Todos teremos pensado o mesmo. A menos de 10 minutos do término lançou finalmente Renato Sanches, ainda a tempo de acelerar a preceito o jogo, abrindo caminho para chegada mais veloz à baliza adversária. Ainda assim, atempadamente. Poderia não ter sido? Naturalmente.
Contrariadas todas as teses à priori que levarão os mais astutos a perceber que da teoria à prática tantas vezes vai um jogo diferente, voltamos ao jogo.
O 5x3x2 da Hungria baixou até a sua linha de avançados para o meio do meio campo defensivo, e com tal opção conseguiu reduzir a criação portuguesa. Fechou os espaços entrelinhas, convidou Portugal a jogar por fora e ai chegado, abafou as entradas para o último terço da equipa de Fernando Santos.
Bloqueados fora, sem espaço dentro e sem variar com velocidade o corredor levando o jogo para os espaços mais abertos, Portugal ainda que com dificuldades para criar lances de perigo – Teve, contudo os suficientes para sair para o intervalo a vencer – soube abafar a saída adversária. Danilo foi enorme na partida – Recuperou inúmeras bolas e foi a cara do domínio de jogo português.
Também o pressing luso, com a saída de Bernardo do corredor para apertar o central, enquanto Bruno Fernandes se posicionou nas costas dos dois homens mais adiantados no pressing (Bernardo e Cristiano), resultou no retirar da posse a uma equipa Húngara que porque pouco dotada individualmente teve sempre dificuldades para conseguir sair a jogar – Mesmo que o tenha tentado por diversas vezes.

Restanto artigo com “A Tática” – Encaixe e como Portugal preparou Transição Defensiva com William e Danilo para dominar o jogo e “As Figura Chave” na página da
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