Massacre do Brasil. Desaire dos EUA. E mais!

Hoje logo pela manhã deu-se inicio aos Jogos Olímpicos de Tóquio, na Modalidade de Futebol Feminino.

Depois de uma superioridade evidente e expectável do Reino Unido sobre o Chile, onde após 20 tentativas de golo da parte do Reino Unido e 1 remate à baliza o jogo todo da parte do Chile a vantagem chegou por Ellen White (jogadora da imagem a baixo) a jogadora do Manchester City que é incontornável na sua seleção e que depois fez também o 2-0 e fechou assim o resultado final. Taticamente e individualmente duas seleções muito dispares e um Reino Unido que terá dois jogos complicadíssimos nas duas próximas jornadas: 24.07 – Japão; 27.07 – Canadá.

Ellen White

No 2º jogo do dia um encontro entre China e Brasil que se esperava que fosse equilibrado pelo grande nome que ambas as seleções representam no futebol feminino, acabou numa goleada de 0-5 a favor do Brasil com o Marcador a ser estreado pela Bola de Ouro por 5 ocasiões – Marta- e, a partir do minuto nove uma sequência de golos que só terminou aos 89′ com um golo de Beatriz, avançada do Palmeiras.

A equipa do Brasil apresentou-se em 4x4x2 onde na dupla mais ofensiva Marta ia variando o jogo interior aparecendo algumas vezes como média com o jogo de área, enquanto Bia Zaneratto tinha mais preocupações em romper no espaço e ir obrigando a linha defensiva a ajustar constantemente o seu posicionamento dando a liberdade a Marta para a criatividade e a decisão no último terço. Nas linhas, Duda e Debinha: rápidas, criativas e a forçar o 1×1 foram sempre as maiores dequilibradoras do jogo e as que criaram mais dificuldades à defensiva chinesa.
A superioridade foi tanta que o Brasil conseguiu envolver toda a gente no processo ofensivo apesar da China ter tentado por várias vezes pressionar alto e contrariar este “joga bonito” do Brasil.

O Brasil convenceu, e tem um pé já na fase seguinte, embora o seu maior teste será enfrentar os Países Baixos, já neste sábado, 24 de Julho, equipa que garantiu hoje também os 3 pontos, contra uma Zâmbia sem argumentos. Resultado Final: Zâmbia 3 – 10 Países Baixos.

ESCÂNDALOSO! – Suécia goleia Campeãs do Mundo!

Hope Solo Takes Aim at Sweden After U.S. Women Are Ousted - The New York  Times

Duas equipas que se apresentaram num 4x3x3 clássico e com estratégias diferentes para o jogo. A Suécia com uma zona de pressão claramente definida, obrigando constantemente os EUA a procurarem o corredor esquerdo e a sua lateral esquerdo Dunn a receber a bola, e quando esta recebia, toda a equipa ajustava o posicionamento para não deixar a bola sair de lá.



Batida esta pressão, a equipa da Suécia mantinha a organização, sempre equilibrada e com a largura garantida pela extremo do lado contrário, que nunca permitiu que a variação de flanco e o espaço no corredor contrário fosse feita pela equipa dos EUA, sendo que as Americanas aproveitam esse momento para impor a sua velocidade e irreverência através das suas extremos desiquilibradoras que aproveitam o 1×1 e depois as situações de cruzamento.

Com bola, a Suécia foi garantindo momentos de perigo e finalização através de TRANSIÇÕES OFENSIVAS, rápidas, incisivas e simples, onde conseguiu em 3/4 passes chegar ao último terço ofensivo e finalizar, muitas das vezes com perigo. Os 3 golos surgem do corredor direito, e um envolvimento da lateral direita GLAS no momento ofensivo, tornando-a num dos destaques deste jogo, onde através de overlaps e até de ruturas interiores quando a sua extremo (JAKOBSSON, também em grande destaque) tinha a bola, conseguiu criar sempre situações de 2×1 para a lateral esquerda e a partir daí ter vantagem no cruzamento. 2 golos surgem assim, e o outro surge de um canto também desse mesmo lado.

2º golo da Suécia onde vemos a lateral direita GLAS com um movimento até por fora da linha lateral, para criar a superioridade no corredor, desmanchar a linha defensiva americana e cruzar para a AV finalizar com toda a classe.

Nos outros jogos

Japão 1 x 1 Canadá
O jogo mais equilibrado de todos os disputador no dia de hoje, não só pelo resultado final mas também pela forma como ambas as equipas foram tentando contrariar as adversárias. O Canadá entrou bem com um golo muito cedo e obrigou o Japão a expor-se mais, Japão que não conseguiu na primeira parte ter bola e apostou mais vezes em ataques mais simples e rápidos quando a recuperava, enquanto que defensivamente conseguiu fechar bem os caminhos para a baliza obrigando o Canadá a circular muito para tentar desbloquear a sua organização defensiva.
A 6 minutos dos 90′ Iwabuchi chega ao empate após uma segunda parte que foi ainda mais equilibrada a nível de posse de bola, e onde o Canadá devido ao adiantamento das linhas do Japão, conseguiu em ataques rápidos (e não ataques posicionais) chegar à baliza adversária: Janine Beckie a extremo mais criativa e Nichelle Prince um poderia físico incrível sobre um Japão com menos capacidade de choque.

Austrália 2 x 1 Nova Zelândia
A Austrália entra na partida como favorita e consegue impor isso com um jogo muito ofensivo, a criar muitas oportunidades de golo e a dar destaque à sua jogadora de eleição: SAMANTHA KERR, que sai deste jogo com uma assistência e com um golo, mas também com uma influência enorme no momento ofensivo da sua equipa, tanto em construção em desiquilibrar entre linhas, como em ruturas e ataques mais rápidos onde é irreverente e criativa.
Na primeira parte a Nova Zelândia não fez um único remate à baliza, coisa que não aconteceu na 2ª parte onde conseguiu ter mais vezes a bola, criar mais e finalizar, apesar do golo só ter surgido depois dos 90′.

Sábado há mais… e promete!

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