Bruno em Baku no Caminho para o Qatar

Portugal's midfielder Bruno Fernandes (C) is celebrated by teammates after scoring a penalty goal during the friendly football match between Quatar and Portugal in Debrecen, Hungary, on September 4, 2021. (Photo by ATTILA KISBENEDEK / AFP)

Foi fácil. Foi tornado fácil. Fernando Santos não mudou as agulhas táticas do seu jogo, independentemente de se preparar para no Azerbaijão encontrar uma organização defensiva robusta (5x4x1), e surgiu em Baku no 4x3x3. Palhinha o “guarda” das possíveis Transições adversárias, que nunca sairam pela competência portuguesa, nas costas dos interiores Bruno Fernandes e João Moutinho, enquanto Bernardo Silva desta feita jogou na linha mais adiantada, com Jota e André Silva.

A diferença individual ficou bem patente desde cedo, e embora as intenções de Giovanni de Biasi, o selecionador italiano da equipa Azeri fossem a de juntar muita gente atrás da linha da bola para encurtar o espaço, a verdade é que por diversas vezes a selecção lusa construiu descobrindo espaços por onde entrar para atacar apenas a linha defensiva adversária. A desinspiração de Diogo Jota não lhe permitiu aproveitar momentos onde até é especialmente forte – Espaços mais abertos para acelerar para cima dos defesas – Perdeu também uma série de lances, que se percebeu estarem a afetar-lhe o rendimento, no momento em que marcou e “sacudiu demónios”.

Foi Bruno Fernandes em diferentes momentos que desequilibrou o jogo. Duas bolas verdadeiramente fabulosas, teleguiadas com a particularidade de levarem sentidos diferentes. No primeiro lance da esquerda para a direita deixou Bernardo livre para um golaço do extremo luso, e no segundo, com o sentido diferente – da direita para a esquerda, encontrou Diogo Jota nas costas da defesa, que serviu André Silva para um golo fácil.

A postura séria nos momentos da perda, o compromisso por um jogo por vezes mais pausada, para que menos posses fossem perdidas e consequentemente menos momentos para que surgissem correrias, fez o jogo decorrer a um ritmo baixo mas de total controlo e tranquilidade para a equipa de Fernando Santos.

O desnível foi sempre notório, e a diferença não ficou mais vincada no marcador, porque apenas João Cancelo forçou no 1×1 os desequilibrios ofensivos quee o seu posicionamento permitia – Foi sempre o homem de fora do triângulo de criação – Bruno Fernandes / Bernardo / Cancelo.

Foi precisamente de mais um desequilibrio no drible provocado por Cancelo, que nasceu o terceiro golo. Mais uma bola cruzada para a área, desta feita pelo veloz lateral.

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