
Clássico de Alvalade empatado a 1-1. Num jogo duro, equilibrado e competitivo, o Sporting teve melhores momentos, dominou a primeira parte, mas na segunda parte, após 25 minutos de muito pouco futebol, as substituições e a qualidade individual do Porto acabaram por empatar a partida, ainda antes de ter de jogar com 10 jogadores nos últimos minutos do jogo.

Os dois treinadores não surpreenderam e utilizaram os seus onzes teoricamente mais fortes, dentro das limitações que ambos têm. O jogo começou muito agressivo e competitivo, e salvo dez/quinze minutos na primeira parte assim continuou até ao intervalo. Duelos, luta pela bola, pressão alta, pressão após perda, as duas equipas vinham preparadas para anular o adversário e tentar causar o maior desconforto possível (originando várias faltas e cartões amarelos nos minutos iniciais). O Porto alinhou com Corona a partir de zonas centrais, junto a Taremi, e pressionava a saída de bola dos leões forçando um passe longo por parte dos centrais leoninos e tendo sempre uma linha defensiva muito alta. Do lado do Sporting, os contra-ataques foram a imagem de marca da primeira parte, com Porro, Jovane e Nuno Santos em destaque neste momento do jogo.
Em termos de oportunidades, o Sporting dominou a primeira parte, onde até marcou numa das suas primeiras ocasiões: variação de jogo longa ao estilo leonino, Matheus Nunes encontra Porro nas costas da defesa e uma hesitação de Marcano no timing de atacar a bola permitiu que o lateral espanhol não só recebesse a bola, como acelerasse rumo ao último terço, onde serviu com um passe perfeito Nuno Santos, que apareceu entre os centrais portistas dentro da área para finalizar, ele que foi o jogador com mais remates na primeira parte.


Do lado do Futebol Clube do Porto não houve uma resposta concreta, apesar de uma oportunidade logo a seguir ao golo após perda de bola do Sporting na sua área, e Sérgio Conceição não perdeu tempo: substituiu aos 35 minutos dois jogadores condicionados por cartões amarelos: Bruno Costa e Marcano saíram e entraram Manafa e Sérgio Oliveira.
Na segunda parte jogou-se pouco nos primeiros 25 minutos (ainda menos do que na primeira parte), houve muitas interrupções e depois das substituições o jogo mexeu e, num momento de inspiração, o Porto tem um ajogada parecida ao golo do Sporting com uma variação de flanco e no 1v1 Luis Diaz frente a Porro (um dos melhores em campo) mostrou porque é um dos melhores da nossa liga e marcou um golaço.

Um jogo bem disputado, equilibrado, onde as duas equipas podiam ter marcado mais e, mesmo não sendo o jogo mais bem jogado (faltas, interrupções, tempo útil de jogo) quem viu este Clássico fez parte de um jogo de alto nível e muito emotivo. Destaques individuais para Porro, Matheus Nunes, e Nuno Santos no lado do Sporting, Pepe, Luis Diaz e Diogo Costa no lado do Porto. Com este resultado, ambas as equipas ficam mais distantes do Benfica, que lidera de forma isolada depois da vitória de hoje.
Deixe uma resposta