No banco estava a Solução

Primeira parte de um Dragão demasiado morno em Barcelos, terminou com apenas quatro remates contra quase o dobro da equipa da casa – O Gil rematou por 7 vezes no primeiro período.

Depois do volumoso resultado da partida anterior, Sérgio Conceição manteve um onze muito próximo do que bateu o Moreirense, mas a primeira parte ficou marcada pelo que tantas vezes sucede quando até jogam os melhores artistas. Menos energia, menos agressividade e capacidade para encostar adversário atrás no duelo, e consequentemente mais saídas permitidas ao oponente.

Nem sempre os timings de pressão saíram na perfeição e não menos importante, a excelente personalidade e capacidade tática do Gil de Ricardo Soares manteve ao longo de toda a primeira parte o FC Porto distante do último terço e distante de criar perigo sobre a baliza gilista.

Um lance absolutamente genial de Taremi que numa recuperação da posse, interceptando passe para o central do Gil Vicente, atirou pouco depois do meio campo, fazendo um chapéu tão de perfeito como vistoso ao adiantado guardião da equipa de Barcelos.

O golo poderia ter tornado tudo bastante mais fácil. Em vantagem, com os criativos à solta o jogo poderia abrir. À semelhança do que aconteceu na recepção ao Moreirense. Contudo, não foi por aí que a partida seguiu. O Gil não caiu, manteve-se tranquilo na sua circulação que mesmo quando não era vertical e objectiva, retirava bola ao Porto e dava confiança de que o jogo se poderia dividir.

A boa organizada equipa de Ricardo Soares foi chegando até zonas altas e num dos seus ataques, Mbemba acabou por ver a bola bater-lhe na mão, na intercepção de um remate de Vitor, o médio centro gilista. Da grande penalidade, surgiu o empate por Samuel Lino, não sem que antes Diogo Costa tivesse defendido a grande penalidade – Foi na recarga ao seu próprio penalty que Samuel Lino marcou.

Reposta a justiça numa primeira parte que ia equilibrada e de toada adormecida, a equipa de Conceição com a chegada de Corona pelo corredor direito – Qual extremo que sempre é em organização ofensiva – a alimentar a grande área adversária, mas sem conseguir dar a Taremi ou a Diaz que chegava pelo corredor esquerdo, oportunidades para balançar as redes.

A segunda parte iniciou-se na mesma toada – Poucos duelos, pouca imposição, Gil Vicente a conseguir circular mais tempo do que o que seria expetável. Poucas recuperações, poucos momentos para transitar e ser perigoso com espaço para ambas as equipas. Os primeiros quinze minutos correram sem chama, até ao momento em que Mbemba lança Taremi numa bola longa, que sobra para Otávio. O falso ala azul desperdiçou aquela que seria a primeira grande bola do Porto na etapa complementar.

Para os últimos 25 minutos, Sérgio Conceição resgatou Sérgio Oliveira para o lado de Uribe, e Toni Martinez para ter maior presença na área ofensiva, ficando Taremi como um segundo avançado, capaz de surgir na área, mas também de ligar o jogo no espaço entre linhas.

Foi com um onze mais próximo do ideal de Sérgio Conceição que o Porto apertou o Gil Vicente – A tabela entre Oliveira e Toni Martinez que deixou o Espanhol na cara do guardião adversário – Receber a bola com o pé direito quando esta vinha da sua direita, atrasou-o – foi um dos lances mais prometedores até então.

A entrada de Sérgio voltou a marcar um Porto agressivo, capaz de ter chegada à frente e ao mesmo tempo não perder o critério na circulação em zonas intermédias. O médio azul revolucionou por completo um jogo até então adormecido, e a forma primorosa como resgatou os três pontos para o Dragão veio fazer juz à sua importância no reinado de Conceição.

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