Porra Pedro, foi à Campeão

Agressivos, pressionantes e com criação. Foi bastante boa a primeira parte do Sporting no seu trabalho sem bola. João Palhinha a um nível estratosférico não só impediu possíveis transições ao Marítimo – E a transição é o momento em que mais golos surgem contra os grandes – como resgatou sucessivamente a posse para o Sporting, permitindo que os leões fossem dominadores no jogo. A agressividade da pressão leonina no jogo encolheu por completo o Marítimo para o seu reduto defensivo, e ofertou a toada do jogo a um Sporting, que mesmo quando sob pressão no seu pontapé de saída, soube ter tranquilidade para procurar sempre o homem livre – Adán não se coibiu de procurar Coates mesmo sob pressão, e o Sporting com paciência foi progredindo no relvado.

Se a construção e a pressão e capacidade de recuperação da posse estiveram a um nível elevado, faltava a criação ao jogo do Sporting.

E aí, Pablo Sarabia tomou as rédeas do jogo, recebendo entre linhas sobre a meia direita, conduzindo, ora ultrapassando adversários criando primeiro desequilibrio, ora, e à semelhança do lance em que na Amoreira ajudou a desbloquear o resultado, lançou a preceito as diagonais de Nuno Santos, que por duas isolado pelo espanhol perdeu na finalização os melhores lances criados pelo Sporting no primeiro período. O outro grande lance foi também criado por um espanhol, no caso Porro, que descobriu o mesmo Nuno Santos na grande área, naquela que foi a primeira grande perdida do Sporting.

3x4x3 em zona baixa na Organização Ofensiva do Sporting
3x2x5 em zona mais alta – Laterais saltam para cima da linha defensiva adversária

A segunda parte trouxe um Sporting de identidade similar. É impressionante a capacidade de trabalho sem bola dos jogadores de Rúben Amorim. As oportunidades não surgiam com frequência – E Porro bem o contrariou! Cada lance que recebeu no último terço foi um desequilibrio – Cruzou, Rematou, Driblou – mas a tremenda capacidade para vencer duelos e encostar o Marítimo atrás deu um ascendente no jogo que, mesmo que o tempo fosse passando com o resultado em branco, fez sempre sentir-se que o golo surgiria.

O lateral espanhol dinamitou por completo todo o corredor direito no último terço, mas o golo não chegava. Com um Marítimo completamente manietado sem capacidade para sair do seu meio campo, tão forte, agressiva, assertiva e contundente era a capacidade de pressão e de vencer duelos do Sporting, para os minutos finais e sem que pressentisse qualquer perigo que pudesse rondar as suas redes, Amorim não só lançou Bragança e Tabata como médios centro com o intuito de trazer mais criatividade para as zonas que alimentam os jogadores da frente, como ainda lançou Coates ao lado de Palhinha. E depois de vários lançamentos longos para a área insular que Coates foi ganhando no ar e penteando para possível entrada dos colegas – Paulinho desperdiçou uma oportunidade após “amorti” com o peito de Coates – surgiu o lance em que o capitão Seba ganhou no ar o lance que terminaria em grande penalidade.

Porro, o homem do jogo fez justiça no marcador.

Novamente um Sporting à campeão. No duelo, no encostar do adversário, na perseverança… e de novo no golo no término do jogo.


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