O AC Milan parece estar de novo em alta. Será isto um regresso aos tempos áureos? Não iremos tão longe. Ainda assim, e porque os rossoneri calharam em sorte ao FC Porto de Sérgio Conceição, um olhar mais atento sobre o Milan de Pioli não fará mal a ninguém. E ainda que o duelo entre milaneses e portistas ainda esteja algo distante, o radar sobre a equipa de Rafael Leão está já a funcionar. E, neste duelo a meio da semana contra o Venezia, foram notórias algumas dificuldades em furar o 451 adversário, como também foi imensamente notória a reação e o plano para se conseguir uma vitória confortável.
Com pouco espaço para utilizar apoios intermédios, o AC Milan foi pouco perigoso na primeira metade. Ainda que o domínio territorial fosse intenso, os forasteiros foram conseguindo controlar um espaço nuclear e até, a espaços, conseguir ter algum tempo para respirar, tocar e subir no terreno. Foi só na segunda metade, com a entrada de um jogador especial e de um de uma rota não menos importante, que as coisas mudaram. E se o espaço para se jogar directamente entre a defesa e o meio-campo do Venezia escasseava, escolheu-se o jogar direto para as entradas de Theo Hernández. Aí, Brahim Díaz, sempre atento e lesto, ganhava com entrada fulgurante o espaço que sempre faltou – podendo dizer-se que não foi de uma maneira… foi de outra. Mas outra das coisas que fez pender a balança definitivamente para os rossoneri, foi a entrada de Saelemaekers. Com capacidade estonteante para partir linhas e definir, o belga mete os radares portistas a apitarem. E este é um nome que esperamos não ter que aprender a pronunciar bem, confiantes que Sérgio Conceição e o seu FC Porto encontrem a melhor forma para anular um talento que vai dar certamente muito que falar. Até porque do outro lado podem estar a pensar o mesmo sobre… Luis Díaz. Temos então dois belos jogos, com excelentes intérpretes e estratégias, em perspectiva.
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