Outrora as marcações individuais a todo o campo dominavam os métodos defensivos utilizados. Essa defesa individual deu lugar a métodos zonais de defesa, onde emergiu a relação “bola, eu, colega de equipa”. Hoje em dia as organizações voltaram a mudar e as equipas passaram a defender num misto de zona com referências individuais onde existe não só essa relação como também “bola, eu adversário”.
O momento de agressão à ultima linha quer por cruzamento ou ataque ao espaço em ruptura, sempre foi uma das excepções onde o adversário ganha maior preponderância em relação aos colegas de setor. Por exemplo, defender um cruzamento implica perceber onde está o adversário direto para impedir que este ganhe a frente. Tal como, por exemplo, numa qualquer ruptura efetuada pela equipa adversária entre a linha defensiva, um desses jogadores terá de seguir esse movimento num primeiro momento e caso a bola não entre parar imediatamente e voltar a alinhar. No entanto tudo isto acontece em frações de segundo e nada melhor que prever e estar preparado para estes futuros possíveis acontecimentos.
Aqui entra o conceito da tática individual que é bem mais amplo e complexo que o mero exemplo enunciado aqui hoje. Não basta um bom posicionamento mas também ter uma boa orientação corporal e perceber tudo aquilo que acontece à sua volta, principalmente que jogadores poderão entrar no seu raio de ação e de que forma poderá agredir o seu espaço. Assim chegamos ao triângulo “bola, eu, adversário direto”. Um triângulo de vital importância em momentos como a defesa da baliza em cruzamento ou em ruptura e que preconiza que quem defende perceba se tem e onde tem adversário direto e consiga nunca perder a referência com o mesmo.
No vídeo, Esgaio não respeitou esse triângulo e foi surpreendido com o movimento do seu adversário direto que lhe ganhou a frente numa má abordagem da sua parte por apenas ter informação da bola.
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