Candidatura à Champions

Depois da irrepreensível entrada do Manchester City na fase a eliminar da Champions, também o PSG demonstrou diante do Real Madrid argumentos para lutar pelo troféu. A eliminatória está ainda completamente em aberto e os espanhóis são um adversário temível principalmente nesta prova. No entanto, a exibição convicente foi mascarada pela vitória tardia, algo que não demonstra a superioridade da turma de Pochettino na partida (22 remates contra apenas 3 do Real). À fantástica qualidade individual ao dispor de Pochettino juntou-se uma enorme competência tática nos diversos momentos do jogo, mesmo com todas as condicionantes que ter astros como Messi na equipa acarretam (o argentino pouco ou nada participa no momento defensivo).

Em organização ofensiva, construção com Marquinhos, Kimpembe, Danilo e Paredes, com laterais a garantir largura no jogo da equipa. Messi, partindo da posição de avançado, tem liberdade para se movimentar por todo o campo, enquanto Mbappé (pode jogar dentro ou fora e Nuno Mendes adapta o seu posicionamento) e Di Maria são os jogadores que têm de assegurar a criação, principalmente em corredor central. Já o inteligente e fantástico Verratti tem a função mais híbrida da equipa, ele que tem de perceber qual o posicionamento que deve adoptar em função de todos os colegas.

Pontapé de baliza marcadamente individual, com Danilo a baixar para perto dos centrais para a formação de uma linha de três que é bastante forte nos duelos. Já mais baixos no campo, 433 com interiores a serem obrigados saltar várias vezes para cobrir a bola, algo que Messi não faz. De realçar o bom trabalho da linha defensiva, sempre bem coordenada e com capacidade para resolver individualmente os problemas.

Ter Verratti e Paredes a servir jogadores com a qualidade da definição de Neymar e Messi, a passada supersónica de Mbappé e velocidade na chegada de Hakimi, é sinónimo de eventual perigo a cada recuperação por mais baixa no campo que ela seja. Foi num lance de transição, onde tudo indicava que o PSG ia guardar a bola, que apareceu o gênio de Mbappé a resolver um jogo que parecia estar condenado ao empate.


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