Rumo a Sevilha – Curtas do Porto vs Lazio

A agressividade do Porto contra a pausa da Lazio originou um jogo equilibrado entre duas equipas equilibradas. Os italianos, à imagem de Sarri, foram uma equipa de toque curto, de apoios frontais e terceiros homens, de muita presença em construção e que conseguiu ter bons momentos de posse. Já a equipa de Sérgio Conceição, mais uma vez bem preparada para pressionar, apertou sem bola e criou problemas na sua posse.

Pressão do Porto em 4231, com Fábio Vieira a controlar o 6 adversário e os médios atentos aos interiores italianos. Tentativa de criar uma zona pressionante em corredor lateral, algo que foi efetuado com sucesso. Entre duas equipas equilibradas e com qualidade, também na “pressão vs saída da pressão” existiu equilíbrio. Foram várias as recuperações do Porto, mas também as vezes em que a Lazio conseguiu sair da pressão e encontrar contextos favoráveis. Os jogadores azuis e brancos são fortes a recuperar quando batidos, mas com mais qualidade na definição os biancocelesti poderiam (e deviam) ter criado mais perigo em algumas dessas situações vantajosas que encontraram depois de bater a pressão adversária.

Com mais paciência e qualidade nos centrais em posse a qualidade das ligações até poderia ter sido maior. Ter Fábio Vieira como 10 a envolver como 3º médio criou superioridade contra os centrocampistas italianos que tinham o interior a saltar no central e abriam espaço para ligar dentro ao lado de Lucas Leiva. Cada vez melhor é o entendimento entre Fábio e Otávio, para além daquilo que oferecem posicionalmente e das permutas que fazem, a relação entre ambos e forma como se procuram está a crescer e ganhará o Porto certamente com isso.

A defesa de corredor lateral da Lazio é frágil, principalmente em posses com algum tempo. Muito espaço e tempo deixado ao portador para cruzar (tendo nascido assim os dois golos) e vários momentos onde não protegem bem as costas do lateral (bolas também exploradas pelo Porto ao longo do encontro).

Tony Martinez é o melhor avançado de área no plantel de Sérgio Conceição e aquele que melhor responder a cruzamentos. O espanhol tem bons movimentos na entrada da bola em corredor lateral, ataca bem o espaço quando existe cruzamento, ganha posição e finaliza bem. Os seus recursos na resposta a cruzamento fazem com que seja uma opção válida para defrontar os adversário que se apresentam em blocos baixos no campeonato português, principalmente sem Luís Diaz a funcionar como “abre-latas”.

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