A bela Espanha

Depois de ser uma das melhores equipas do Euro, a Espanha continua a encantar com o seu modelo bem definido e pela qualidade, domínio e nível dos seus executantes. Nos dois jogos amigáveis, a rotação foi alguma e os onzes apresentados foram diferentes de uma partida para a outra e diferentes daquilo que será, à partida, a habitual equipa no Mundial.

No total dois jogos, 27 remates, 14 à baliza, 18 oportunidades de golo e 80% de posse de bola de média entre ambos, tendo concedido apenas 5 remates, onde só 1 foi enquadrado. São estes os números que demonstram um domínio total e inequívoco de uma das melhores seleções do mundo.

Com um forte jogo posicional, uma boa dose de paciência, percepção das vantagens e qualidade individual dos executantes, Luis Enrique pretende que a sua Espanha tenha a bola e assuma controlo do jogo, encostando os adversários atrás. Bom equilíbrio de jogadores em construção e criação e boa distribuição de jogadores pelos diferentes corredores em diferentes alturas. Boas ligações e mudança de chip quando a bola entra em criação com várias rupturas curtas por dentro e fora a agredir a linha defensiva adversária. Muitos jogadores a atacar a área e linhas de equilíbrio bastante subidas para não permitir o adversário sair do seu último terço. A juntar a tudo isto, o toque de classe de vários jogadores de grande nível que elevam o patamar qualitativo da seleção.

No entanto, faltam por vezes maior movimentos de profundidade com bola em construção, não só para permitir saltar diretamente para a fase de finalização, como para afundar a linha defensiva adversária de forma a gerar mais espaço para os jogadores em criação poderem receber.

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