Jogo aberto, entretido, com oportunidades, golos, mas onde nenhuma das equipas conseguiu apresentar qualidade com bola para se superiozar ao adversário. No final venceu a equipa que acertou mais no momento da finalização e aproveitou melhor as oportunidades que teve.
Braga a apresentar-se versátil no seu momento defensivo. Pressão em 442, com Rodrigo Gomes e Iuri Medeiros a integrar a linha média e Ricardo Horta junto a Abel Ruiz na frente. Já quando em bloco mais baixo, voltava o 541 habitual da equipa de Carvalhal.
Muitos jogadores do Benfica em construção e má distribuição das linhas de passe. Linha defensiva e médios praticamente sempre baixos a construir e em criação a inexistência de largura facilitava a tarefa ao adversário, tanto para proteger a entrada da bola nessa fase como a pegar os jogadores que estavam por dentro (apenas Everton tenta receber a bola fora). Dinâmica de médio a montar e lateral a subir no corredor bem defendida por parte do Braga, bem como a integração do lateral por dentro deixando o extremo por fora. Ainda assim, difícil defender tanta gente por dentro e com facilidade em combinar quando em ataque instalado em meio-campo contrário.
Vários erros em posse do Benfica em momentos onde a equipa não está preparada para a perda, abrindo espaço para possível contra-ataque do adversário. Foi assim no 2º golo e em outras situações que poderiam ter sido melhor aproveitadas pelo Braga.
Por outro lado, quando o desequilíbrio individual dos jogadores da frente do Benfica (Rafa, Everton e Darwin) não aparece, muita dificuldade em apresentar momentos de criação regular. Ainda assim, Yaremchuk desperdicou duas oportunidades claras quando o encontro ainda estava 0-0, algo que poderia ter mudado o rumo dos acontecimentos.
Ninguém fala do que Odysseas priva a equipa, em transição defensiva? Não sai do ninho, expõe os centrais lentos, e não sai a cruzamentos. O terceiro golo do Braga é culpa dele, só dele. O FCP tem dois grandes GR, o SCP e o SCB tem um grande guarda-redes, e o SLB não tem nenhum.