O Braga joga hoje a 2ª mão dos quartos de final da Liga Europa e está a 90 minutos de mais uma meia-final europeia. A vitória caseir sobre o Rangers (1-0) coloca-os em vantagem e o jogo em Portugal demonstrou que esta equipa escocesa está perfeitamente ao alcance do clube minhoto.
Para seguir em frente, o Braga terá de saber condicionar uma construção com vários jogadores. O 4+2 da equipa escocesa oferece várias linhas de passe curtas e capacidade para manter a posse. Médios têm liberdade para montar na linha (mais vezes Lundstram) e empurrar o lateral para zonas de criação. Na frente, os 4 jogadores mais adiantados têm bastante mobilidade e entram facilmente em combinações para posteriormente atacar a profundidade, algo que a linha defensiva bracarense terá de saber controlar (os ajustes de saltar para pressionar e restantes afundarem para proteger as suas costas será importante).
Já como o Rangers se irá apresentar defensivamente é uma incognita, visto terem iniciado o jogo em 4231 e acabado com linha defensiva de 5 elemento. Em ambos os sistemas, bastante individualização da pressão, transformando a partida num jogo de pares. No entanto, com um último setor a 4 jogadores, é possível criar superioridades numéricas, algo que Lundstram tentavam igualar baixando por vezes. No entanto, esse encaixe do médio já com o decorrer da jogada, pode não dar tempo (principalmente se não for bem interpretado) aos centrais de pegar o jogador certo, tal como aconteceu no golo de Abel Ruiz. A linha defensiva a 5 resolve esse problema, permitindo igualar na construção e na criação adversária. Ainda assim, quando os jogadores da criação baixam no campo por vezes não são seguidos e têm a possibilidade de receber e até enquadrar. A utilização de combinações diretas é importante para eliminar jogadores. Por fim, facilidade em criar situações de 1×1, tanto em corredor lateral como também em corredor central se os jogadores começarem a seguir claramente os adversários.
O Braga já venceu este Rangers, está na frente da eliminatória e é do mesmo nível ou superior a nível individual e coletivo. Ainda assim, este é um adversário perigoso, que a cada recuperação pode criar perigo e num estádio que tradicionalmente é complicado para os oponentes. Ainda assim, está ao alcance!
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