Quem são os miúdos?

Na Madeira estrearam-se dois miúdos da formação na equipa A do Benfica. Sandro Cruz, lateral esquerdo que vai na 8ª época consecutiva no clube da luz, e Tiago Gouveia, extremo que há 4 anos deixou o Sporting para vestir de encarnado. Ambos de 2001, passaram pelos juniores, jogaram Liga Revelação, disputaram Youth League e vêm crescendo na Segunda Liga e estream-se agora pelo plantel principal.

Todo o potencial que Nuno Tavares apresentava na formação encarnada, não foi devidamente replicada na equipa A e saiu com uma passagem que poderia ter sido bastante mais gloriosa pelo clube. Sandro Cruz não tem a mesma qualidade, não tem a perspectiva de potencial que outrora teve Nuno e apresenta características bem diferentes. É um lateral que apesar de ser capaz nas movimentações, apresenta algumas debilidades técnicas e pouca aptidão para desequilibrar individualmente. No entanto, acrescenta qualidade e segurança na posse em construção, não perde fácil e encontra várias vezes soluções verticais interessantes. Claramente mais potencial para jogar em construção (montar a 3 como lateral ou ser central da esquerda numa linha defensiva de 5 elementos, por exemplo) que em zonas de criação. Vejamos como olharam para ele, como será estimulado e a sua evolução.

Já Tiago Gouveia é um craque com um perfil diferenciado. Extremo capaz de jogar por dentro e por fora, capacidade para receber no pé e na profundidade, enorme aptidão para atacar a área e um finalizador habilidoso em qualquer tipo de bola. A Segunda Liga já se torna um espaço pequeno para toda a qualidade que já apresenta, não fazendo sentido manter o seu desenvolvimento num contexto competitivo menor que aquele que o seu talento o exige atualmente. Precisa de comprovar no plantel principal todo o rendimento que tem tido na equipa B, em treino e em jogo, de forma a posicionar-se como um dos jogadores do elenco para 2022/23.