A mudança de mentalidade botafoguense

Flamengo x Botafogo opõe portugueses na luta contra impaciência

No final de semana retrasado, no dia 08/05, o Botafogo conseguiu vencer o Flamengo por 1 a 0, dentro do Mané Garrincha que estava completamente lotado. Este jogo marcou o encontro de dois treinadores portugueses, que chegaram recentemente em seus determinados clubes. Luís Castro que está garatindo um começo além do esperado no clube carioca (4º lugar no brasileirão), e Paulo Sousa, que vive uma pressão externa por conta dos maus resultados e oscilações de desempenho dos seus jogadores.

Porém, o que mais chama a atenção é a forma que o Botafogo joga perto de um adversário que possui o valor de 155 milhões de euros de mercado, e o Botafogo com 56 milhões de euros. Além disso, encarar o Flamengo com o estádio lotado não é fácil, o psicológico juntamente com o trabalho – mesmo que ainda tenha pouco de trabalho – deve estar em dia.

Além disso, o Fogão não realizou nenhuma contratação considerada “estrelada” nesta temporada, todavia, apostou em jovens jogadores, realçando a contratação do avançado/centroavante Erison, de 23 anos, canhoto, comprado por 246 mil euros, que pertencia ao Brasil de Pelotas (clube da série B), fazendo 8 gols em 19 jogos na segunda divisão. E desde a chegada do treinador português, o avançado vem tendo um papel cada vez mais fundamental na equipe, responsável por 4 gols e 1 assistência em 6 jogos (no brasileirão), sendo suas principais características a finta, a velocidade, e a força física, sendo chamado pela torcida alvinegra de “El Toro”, justamente por estas características citadas anteriormente.

Fonte: sofascore

Análise quantitativa do jogador botafoguense contra o flamengo. Um avançado participativo no jogo e que demonstra grande mobilidade no campo, principalmente devido as suas características e ao modelo de jogo adotado pelo treinador Luís Castro que colabora para isso.

Contudo, o que mais empolga os adeptos do Glorioso em tão pouco tempo de trabalho é a organização defensiva e ofensiva que o clube vem mostrando, fora as variações táticas adotadas, e contra o Flamengo não foi diferente. Já foi falado em outras postagens sobre as ideias iniciais deste novo Botafogo. Entretando, o que mais chama a atenção é que os jogadores sabem o que fazer com e sem bola. Se o adversário procura o corredor lateral do campo e possui extremos de velocidade, como foi o caso do Flamengo, buscam realizar dobras e coberturas eficientes e quando não consegue… tem o Gatito para dar conta do recado. O crescimento dos volantes/médios centros é outro fator importante, principalmente na marcação dos jogadores rivais que habitam esta zona, como no caso do Éverton Ribeiro, que neste jogo, não conseguiu ter e encontrar espaços, não conseguindo realizar sua desmarcação de apoio e flutuação no campo que tanto gosta. Por fim, nos minutos finais do jogo, o Flamengo concentrou mais jogadores em sua última linha, e o Botafogo conseguiu adaptar conforme ao adversário, colocando até 6 jogadores na última linha para evitar a inferioridade numérica, sem abandonar seus princípios de jogo.

Em relação a fase ofensiva (que também já foi falado na postagem anterior), está cada vez mais nítido a busca pelo 3º homem – buscando o homem livre e espaços vazios -, levando em conta o atrair para libertar em profundidade, e a inteligência de seus jogadores para realizar isto e procurar os melhores atalhos para marcar o gol.

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