Espanha melhor, mais forte coletivamente e com uma ideia de jogo que lhe garante um maior domínio do jogo. Ainda assim, olhando para aquilo que foram os primeiros minutos, o ascendente espanhol nem foi assim tão perigoso para a baliza portuguesa. No entanto, mais aproximações com potencial à área portuguesa, mais finalizações e mais situações claras de golo que poderiam ter sido traduzidas numa vitória.
Portugal encontrou na profundidade e nas costas dos laterais espanhóis espaços com potencial para serem exploradas, tendo sido sempre por aí que surgiram os melhores lances e até o golo. A nível individual, Rafael Leão mostrou que consegue estar sempre em jogo e chamar a sí situações de potencial, mas a desinspiração e desacerto hoje sobreposseram-se que a capacidade para desequilibrar e acrescentar números.
Golo sofrido nasce de vários erros, o mais notório de João Cancelo. Numa posição de preparação da perda, o lateral do Manchester City com uma abordagem displicente deixa a bola passar e cria uma situação desvantajosa. Também Pepe prefere cobrir a bola e retardar a progressão ao invés de retirar profundidade com Danilo e deixar para Moutinho essa missão. Já o (médio adaptado a) central do PSG tenta interceptar o passe retirando-lhe milésimos de segundos preciosos para cobrir a bola com efetividade perto da área.
Muito dificil pressionar e contrariar o jogo posicional da Espanha. A construção a 4 com centrais a afundar quando trancados, a utilização do GR, a inteligência de Busquets tanto a oferecer linhas de passe como a dar seguimento à posse, o posicionamento hibrido dos interiores, os apoios do 9 e a dupla largura que estende a equipa contrária são tudo pontos chaves de uma das melhores seleções do Mundo. Tudo cimentado numa filosofia que vem de base, que cresceu com estes jogadores e que garante fluidez ao jogo da La Roja. Claramente uma favorita a todas as competições onde participa!
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