

Jesualdo continua a ter o quarteto defensivo mais competente da liga. Não só em qualidade individual, mas essencialmente na sua vertente colectiva. Bem posicionados, sempre em função de si próprios, do espaço e da bola, e articulados com enorme mestria com a linha média (Fernando e Meireles, particularmente), que é, também, a mais segura, defensivamente, em Portugal.
O plano ofensivo é, à data, uma incógnita. Apesar da movimentação ofensiva similar à do passado, as perdas de Lucho e Lisandro retiraram argumentos ao FC Porto, no processos atacantes. O que antes, era facilmente atingido, através de um bom trabalho colectivo (combinações ofensivas, aclaramento de espaços, desmarcações de apoio e ruptura), é, por ora, obtido, por iniciativas individuais. Não evoluír colectivamente, na fase ofensiva, tornará o FC Porto mais previsível, e mais fácil de anular. Hulk não irá resolver sempre. Que soluções para desbloquear os jogos, sempre que as individualidades não estiverem totalmente inspiradas?
P.S. – É comum afirmar-se, com relativa assertividade, que a defesa vence campeonatos. E se o FC Porto, está um passo à frente nesse dominio, é também, importante, perceber-se, que urge melhorar o processo ofensivo. É impensável depender de forma tão evidente, do que os alguns jogadores (Hulk e Rodriguez, à cabeça) possam fazer no plano individual.
P.S. II – Quão interessante seria, para Jesualdo, que as características de Falcão se aproximassem mais de Lisandro, que de Farías (Exímio finalizador).
P.S. III – Apesar da, natural, pouca intensidade, a boa organização mantém-se.
http://staffdesportivo.blogs.sapo.pt/