
“Se há algo realmente estranho e passível de ser questionado, é o rumo que a carreira de Pedro Barbosa (não) tomou.
Não interprete mal. Barbosa foi campeão nacional, e é um dos simbolos de um dos maiores clubes nacionais. Porém, quando alguém é realmente tão bom no que faz, tendemos sempre a imaginá-lo num contexto diferente. Barbosa tinha um talento ímpar. De facto, mesmo naqueles jogos em que passava ao lado, parecia sempre que não era por si que a coisa não se fazia. Toda aquela classe na forma como conduzia a bola. Como temporizava. Toda aquela tranquilidade com que passeava a sua classe pelos relvados portugueses, nunca foi bem compreendida. Tendemos a admirar a velocidade e a força. Torcemos o nariz a quem parece menos intenso.
Os entendidos esperavam sempre, e bem, que Barbosa resolvesse cada jogo com a bonomia própria do seu génio. Os outros, aqueles que disto nada percebem, assobiavam-o. Não percebiam toda a genialidade que estava por trás de cada toque seu na bola.
Apenas os inteligentes sentem a sua falta. E agora. Agora há Valdés.
Não vimos mais de cinco, seis jogos do chileno. Com tão poucos dados, compará-lo a Pedro Barbosa pode ser criminoso. Mas, é impossível não verificar algumas semelhanças. A forma como conduz a bola, a paciência com que resolve cada situação, a sua capacidade técnica. Não é fácil perceber o porquê de alguém que aparenta tanta classe não ter tido uma carreira com mais troféus e mais reconhecimento. Talvez os próximos tempos permitam aferi-lo. Ou talvez Valdés seja apenas mais um incompreendido.”
O texto é de Novembro. De lá para cá, Valdés parece melhor a cada jogo que passa. É um jogador extraordinário. Joga e faz jogar. É, de todos os que chegaram em 2010 à Liga portuguesa, o de maior rendimento. Imaginar o futebol do Sporting sem a classe que passeia a cada toque dado na bola é uma tortura. Só pelo chileno, o Sporting merece um novo treinador.
Concordo. Em muitos movimentos faz lembrar o Pedro Barbosa. Um pouco mais rapido a mexer-se e com melhor pontaria à baliza, mas talvez um pouco menos genial.
Por jovem, quero dizer «artista», ou como lhe queiram chamar. Foi uma força de expressão!
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
Bimbosfera.blogspot.com
Está visto que terei que tomar maior atenção ao jovem!
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
Bimbosfera.blogspot.com
Estivesse num clube mais estável e tinha brilhado mais cedo.
Tem um toque de bola como poucos em Portugal.