
Destaques individuais.
Mika. O guarda redes português não fez nenhuma defesa extraordinária. Demonstra, contudo, uma segurança muito acima dos restantes colegas de sector que têm jogado no Mundial. Tantas vezes as insuficiências técnicas nestas idades, particularmente por falta de experiência são demasiado gritantes. Mika tem demonstrado uma maturidade acima do expectável e é até à data, de todos os que foi possível observar, o guarda redes mais impressionante do torneio.
Cédric. Um cérebro na lateral. Jogador de fino recorte, inteligente e de cabeça levantada. Boa técnica e capaz de subir a preceito. Não é um jogador exuberante, e tal pode prejudicar a sua afirmação, até pela posição que ocupa. Todavia, com o treinador certo, será titular do Sporting em menos de duas épocas.
Roderick. Tem dificuldades na abordagem aos lances, e tem muito menos qualidade e pontecial do que é crença comum. Todavia, não tem estado nada mal, jogando com miúdos da sua idade.
Nuno Reis. Não é o capitão por mero acaso. É um líder de perfil sóbrio. Não é tão vistoso quanto o colega de sector, mas é um central inúmeras vezes mais interessante que Miranda. Sabe tudo sobre o jogo e merece acompanhamento.
Tiago Ferreira. Quarenta e cinco minutos a mostrar categoria e liderança. Aparenta potencial.
Caetano. Verdadeiro talento que não pode ser desperdiçado. E não o desperdiçar não será somente dar-lhe minutos. Caetano não deve ser fixado a um corredor lateral. É certo que tem imenso para crescer, porém, é pós Fábio Coentrão o melhor talento português. Uma velocidade e qualidade de execução fortíssima, aliada à criatividade que se adivinha. Não é só pela fisionomia que se pode comparar a João Vieira Pinto. Aquele talento à solta, assim que evolua um pouco mais, essencialmente na forma como se esquivar ao contacto e na aplicação da força, será uma figura do futebol em Portugal.
Nelson Oliveira. Ao contrário do jogo anterior, desta vez teve a equipa mais próxima de si. Também por isso, em vários momentos não se exigia tanto individualismo. Mas, está lá tudo. Força, potência, remate forte com ambos os pés e geralmente bem direccionado à baliza adversária, e técnica interessante. Potencialmente não será somente o melhor avançado português das últimas três décadas. Enquadrado num contexto que o potencie, estará ao nível dos melhores na Europa.
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