
“O treinador tem uma percentagem muito elevada de responsabilidade no comportamento defensivo. No ofensivo, depende mais dos jogadores”. Jorge Jesus, no primeiro ano de SL Benfica.
“Olho mais para o jogo ofensivo do que defensivo. Prefiro ganhar 3-1 do que por 1-0. O mais importante é ganhar e agora há que pensar já no próximo jogo”. Jorge Jesus, depois da sofrida vitória ante o modesto Feirense.
É cada vez mais incerto saber se ter jogadores de qualidade tem beneficiado a evolução de Jesus enquanto treinador. Uma coisa é certa, desde que às suas mãos chegaram extremos de valia incondicional, Jesus tem mudado o jogar com que foi tão bem sucedido em Belém, em Braga e principalmente no primeiro ano de Benfica.
Podemos hoje crer que se na época 2009/2010 para além de Di Maria, tem tido Gaitán ou Nolito no plantel, dificilmente teria tido sucesso?
O 4x2x4 (que em determinados momentos se aproxima de um 4x1x5) que vem apresentando desde há imenso na Liga, impossibilita-o de ter o controlo das partidas, independentemente de por vezes estar a vencer por um, ou até por dois. A grande questão é que todos já perceberam de que forma pode o Benfica evoluír para outro patamar de segurança e rendimento. Por ser algo de óbvio para todos, e porque Jorge Jesus sempre teve imensa dificuldade em admitir o que por todos é perceptível, teme-se que o Benfica da presente temporada esteja em risco.
Quem como Jorge Jesus, nos habituou a um patamar de excelência na envolvência táctica das suas equipas, não deveria agora, por teimosia, deitar tudo a perder.
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