Lyon – Juventus. Última meia hora da 1ºParte.

white corner field line on artificial green grass of soccer field
Todos os duelos individuais, onde a bola não esteja controlada, vão ser invariavelmente ganhos pela Juve. Pelo que não vale a pena fazer variações horizontais de corredor, jogar directo quando eles estiverem organizados, procurar referências avançadas para ganhar a primeira bola. É jogar no chão, curto, apoiado, com a bola controlada, e explorar a profundidade nos timings certos. O Benfica não tem jogadores para competir com o físico dos italianos. São todos, todos, monstros (excepto Pirlo). Os únicos que podem competir fisicamente com eles, à todos os níveis, são os da linha defensiva (Maxi, Siqueira, Garay, Luisão, Jardel). A Juventus “não” perderá uma primeira bola, e não será fácil ganhar-lhes a segunda, também pela agressividade que mete nos lances.

Pelo que nas bolas paradas ofensivas, apostaria em jogar curto para desorganizar, obrigar a linha defensiva ou as marcações a mexerem, para depois tentar o cruzamento. Mesmo os “conhecidos” lançamentos para a área deverão ficar de parte.
As bolas paradas ofensivas serão a maior arma, para além da mais valia física da Juventus. Pirlo, associado aos 9 monstros físicos que o vão acompanhar, vai fazer com que qualquer lance de bola parada seja um lance de perigo. De realçar o golo obtido com a marcação de um canto curto.

Até ao final da primeira parte, vê-se uma tentativa de jogo interior com uma combinação entre Pogba e Tévez. De resto, tudo igual.

De realçar que não será um jogo fácil. A Juventus tem qualidades individuais e colectivas que a aproximam mais do sucesso, neste tipo de provas a eliminar, que são decididas nos detalhes, que o Benfica. Falo da intensidade que mete no jogo, na agressividade posicional, na capacidade de pressão. Tudo isso aliado à capacidade física dos seus jogadores. Contudo, encontrará um Benfica com a mesma, ou maior, agressividade posicional, capacidade de pressão, intensidade de jogo, mas com muito menos poderio físico que os italianos. Dessa forma, o Benfica ganhará, quanto mais competente for na gestão da posse de bola. Tendo mais a bola, fazendo dela a sua melhor arma, estará sempre em vantagem por não deixar que o físico se imponha.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

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