
Individualidades primeiro que os processos colectivos que foram assustadores em Organização Ofensiva. A longuíssima distância entre jogadores aquando da posse a tornar o FC Porto muito débil também na transição defensiva. Uma espécie de ideias totalmente contrárias às que Vitor Pereira colocava em prática ainda há não tanto tempo assim.
No meio do deserto, dois jogadores a mostrarem o que podem dar.
Adrián. Grande qualidade na movimentação. Sempre a mostrar-se disponível. Contudo, depois de receber à sua volta 20 ou 30 metros sem colegas para dar seguimento às jogadas. Não terá garantidamente a agressividade de Jackson a atacar as zonas de finalização, mas das vezes que a bola chegou às suas botas percebeu-se um jogador de grande recorte técnico. Um jogador à imagem daquilo que se forma no seu país natal. Grande percepção do jogo e qualidade técnica. Será um grande desequilibrador assim a equipa se torne de facto uma equipa. Parecenças com Montero.
Óliver. Qualidade técnica e de decisão assombrosa. O jovem espanhol vai passar por dificuldades na Liga portuguesa. As situações de jogo que encontrará no FC Porto serão totalmente diferentes das do contexto onde cresceu. Ainda que tenha crescido a jogar sempre contra os mais velhos, dá os primeiros passos no futebol jogando contra muito mais velhos! Num Liga com características diferentes (menos espaço, mais agressividade, mais adversários atrás da linha da bola), o seu impacto inicial não é garantido. É difícil desde já perceber o que retirará o FC Porto de Óliver. Mas, o espanhol está no sitio certo para dar um salto tremendo na sua evolução enquanto jogador. Toda aquela inteligência, criatividade e qualidade técnica tem o destino de um grande do futebol mundial. A única dúvida é perceber se é já aos 19 anos que Óliver conquista a notoriedade.
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