
No passado jogo do Chelsea, Adam fez um golo que correrá o mundo as voltas suficientes para que se volte a falar de si aquando do prémio Puskas. É porém o segundo golo do Chelsea que serve de propósito a este texto.
Demasiadas vezes se perdem lances de potencial tremendo porque o portador da bola é incapaz de identificar a melhor resposta a dar no lance em si. Isto é, define mal. Ou solta antes, ou solta depois, ou não solta. Tantas vezes o grande público não chega sequer a perceber o potencial da jogada, porque um passe para o lado errado, ou um timing perdido, faz com que não se chegue sequer as possibilidades que aquela situação de jogo trazia.
Hazard não é Messi. Com o argentino tudo o que pode acontecer, acontece. Ainda assim, o belga está hoje no topo do futebol mundial. Porque tecnicamente é soberbo, mas sobretudo porque sabe sempre que caminho seguir. Identifica o contexto ainda antes de ter a bola no pé, e a partir daí tudo segue conforme deve seguir. Parece fácil. E é. Todavia, só é fácil para quem percebe o jogo. Hazard identifica a superioridade numérica, progride na direcção da baliza atraindo oposição e solta no colega livre. Muito fácil. Mas quantos decidiriam tudo da mesma forma que o belga o fez?
Adam não vai voltar a fazer um golo de trás do meio campo. Já Hazard continuará a oferecer golos ao Chelsea a cada situação de superioridade que encontrar na partida. Com a eficácia dos predestinados.
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