
O terceiro derby da época e novamente um duelo de 442.
Os “dados” do jogo a mudarem um pouco, em função de ser a primeira vez em vários anos que o favoritismo e consequente “obrigação” de tomar as rédeas da partida esteja do lado do Sporting. Mérito dos leões que após duas vitórias consecutivas e de forma clara, quer na qualidade de jogo quer no resultado final (sempre sem sofrer golos), acabaram por mudar a história recente.
A forma como aproveitará Rui Vitória a nova tendência é desconhecida. Todavia consegue prever-se que não haverá “vergonha” de ser uma equipa mais defensiva, menos preocupada com a construção aquando da posse. A pressão intensa do Sporting assim deverá obrigar o SL Benfica a um jogo mais frontal e directo. Retirando dessa forma as transições rápidas da equipa leonina. Mitroglu para a primeira bola com aproximação do extremo do lado da bola e de Jonas, ou Raul procurando diagonais nas costas adversárias será por agora uma dúvida do treinador do SL Benfica.
Passar muito tempo em organização defensiva procurando explorar transições após erros do Sporting parece agora ser uma estratégia relevante. Tudo porque em organização ofensiva o Benfica não está à altura, e tudo o que retirará desse momento poderão ser perdas de bola decisivas, tal como aconteceram no Estádio da Luz.
Por incrível que possa parecer, por agora haver a tal “obrigatoriedade” de passar mais tempo em organização, momento que o Sporting está tacticamente preparado para jogar, mas cuja qualidade individual e capacidade para desequilibrar na frente perante maior oposição (menos espaço e mais adversários) ainda deixa algumas dúvidas, o jogo afigura-se de resultado ainda mais incerto. Como qualquer grande derby, naturalmente.
Um Sporting bastante mais preparado para todos os momentos. Com transições agressivas e bons comportamentos e posicionamentos em organização. Um Benfica menos capaz na ocupação e no restabelecimento posicional a cada nova situação de jogo. Mas, não ignorar que as agulhas do jogo poderão trazer situações de maior facilidade na resolução para os jogadores do Benfica (mais espaço menos oposição na transição) do que as do Sporting.
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