
São dois tiros de possíveis consequências importantes. Não que com ou sem ambos se pudesse prever algo com exactidão. Porém, garantidamente que são duas opções que retiram uma percentagem importante de maiores possibilidades de se ser bem sucedido.
O Sporting tem na presente época mais oito pontos somados, mais golos marcados mesmo sem os desequilibradores e menos golos sofridos que em idêntico período da temporada passada. Todavia, porque o SL Benfica não abrandou em relação ao mesmo período da temporada passada o crescimento leonino poderá tornar-se insuficiente para chegar ao troféu maior.
Em que medida sairão lesadas as aspirações leoninas com as opções de abdicar de dois dos mais desequilibradores em termos ofensivos? Já depois de ter iniciado a época sem Nani.
Numa Liga onde uma grande percentagem das equipas aborda os jogos com os grandes sempre com muita gente atrás da linha da bola. Onde a organização defensiva é sempre forte, mais não seja pelo número de pernas, ofensivamente a criatividade individual e capacidade para desequilibrar com bola, seja em drible ou pelas decisões em passe retirando adversários da situação de jogo e enquadrando colegas é sempre tão determinante quanto a qualidade da movimentação, perder Montero depois de antes ter perdido Carrillo retira possibilidades.
Montero tinha / tem a capacidade para jogar em espaços curtos. Para baixar, atrair, soltar. E claro, para finalizar com mestria. Já na presente época pelo jogo “fora da caixa” que ofertava ao Sporting, mesmo na hora do aperto, havia resolvido problemas.
A partida de Montero retira soluções diferentes ao Sporting. Retira variabilidade e diversidade ao seu jogo. Retira-lhe soluções ofensivas e confina-o a um jogo mais previsível e de muita “fézada” no jogo aéreo de Slimani. Já a não utilização de Carrillo havia trazido um Sporting menos capaz de desequilibrar no último terço. Um Sporting muito menos perigoso do que o que seria, mesmo que a equipa tenha continuado a ganhar. Além de empurrar Ruiz para um corredor lateral, onde inserido num modelo que privilegia alas com outras capacidades, sobretudo condicionais, acaba por perder preponderância relativamente ao que oferece no corredor central.
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