
Muito já por aqui foi abordado o tema. Ser posse, ser transições. Ser futebol directo ou jogo apoiado.
O futebol é um jogo de decisões. Naturalmente que o jogo pede muito menos a procura incessante da profundidade e do lançamento longo porque para tal ser bem sucedido é preciso jogar com o mau posicionamento adversário, a correcta desmarcação / movimentação do colega e ainda, e não menos importante a capacidade própria do portador para realizar um gesto técnico mais complicado (mais difícil colocar em profundidade a trinta metros, fazendo bola passar entre central e lateral, do que jogar mais curto e apoiado).
Em suma, não se deve guardar a bola sempre, nem se deve procurar loucamente o chegar à frente mais rápido. Tudo depende do contexto. Tudo depende da situação de jogo.
Essa é a razão pelo qual mais uma vez se apresenta aqui o incrível video das assistências de Xavi. O espanhol como todos os enormes craques guardam quando devem guardar, mas lançam a ruptura quando assim se impõe. Repare como ao 1’50” após recuperar não guarda a bola nem um segundo. Porquê? Porque se impunha que soltasse rápido na frente no colega em melhor posição. É um dos baluartes da boa tomada de decisão.
Porquê novamente um post tão próximo de outros anteriores? Às 19.55 na BTV2 (só recuar dez minutos), uma frase exactamente igual à que já por aqui se produziu várias vezes. Reportagem sobre Dennis Bergkamp. “Foi um dos melhores com quem já joguei. Fazia sempre o que o jogo pedia” Henry
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