

Porque colectivamente está na linha da frente. Uma organização fantástica em todos os momentos. Hoje, perante o FC Porto mostrou até a quem jogou o derby de ontem o que é encontrar soluções do ponto de vista táctico para sair a jogar com bola controlada logo na construção. Mesmo quando a cinco minutos do fim sofreu o empate e poderia esperar-se que procurasse fechar o jogo de outra forma. Uma superioridade inacreditável ao longo de todos os noventa minutos, mesmo contra um adversário que tinha tudo em jogo.
Em organização defensiva, as duas linhas de quatro sempre muito juntas. Excepção muitas vezes para o extremo do lado oposto. Presumivelmente para que partindo com maior profundidade, esteja mais próximo de ser mais objectivo na transição ofensiva. Mas, também o extremo do lado oposto a identificar os momentos em que a sua presença mais baixa e mais dentro era necessária. Boa articulação entre médios nas coberturas e pouca bola consentida a entrar nos apoios frontais à frente dos defesas centrais. Transição defensiva forte na reacção à perda de quem parte em cobertura, ganhando segundos para a equipa voltar a reorganizar-se nas suas linhas de quatro. Bom pressing na construção adversária quando assim entende.
E com bola, fantástico! Sempre muitas linhas de passe, sempre comportamentos bem definidos. Sempre a jogar mesmo na pressão. Combinações, bola a entrar no bloco adversário. Transição bem definida e Rafa…
O português tem momentos de pura genialidade. Aos vinte e dois anos é seguro afirmar que terá uma carreira importante. Velocidade incrível e qualidade na condução. Capacidade para decidir em espaços curtos, sempre com uma qualidade técnica incrível. Com espaço a fazer lembrar os melhores. Desequilibra e finaliza. Tem lugar na selecção nacional até ao pé coxinho.
Paulo Fonseca vai voltar e Rafa vai lá chegar. Nem há dúvidas sobre isso.
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