
Muito se tem falado dos posicionamentos do FC Porto nos seus momentos com bola. Há porém, algo para além dos posicionamentos que é absolutamente determinante para o sucesso / insucesso. A forma como cada jogador e como a equipa enquanto colectivo, identifica o que se está a passar no jogo, para posteriormente enquadrar as suas decisões.
À data o que se percebe é uma dificuldade muito grande de muitos dos azuis e brancos para identificarem o momento e a situação de jogo que enfrentam. Não o identificando, dificilmente saberão tomar decisões correctas, que aproximem a equipa do sucesso.
É um FC Porto sempre muito pouco paciente com bola. Tantos são os azuis e brancos que não identificam se estão em organização ou transição, e o que está a pedir o jogo no momento em que tocam a bola. De momento, é um Porto que confunde e não percebe o jogo do ponto de vista táctico. É uma equipa que força as saídas pelo mesmo corredor, independentemente do espaço recomendar outras soluções. É um Porto sôfrego na sua construção e criação. Quer ter a bola próxima da baliza adversária a todo o instante. Por isso não se coíbe de esticar demasiadas vezes a bola no seu corredor. Os corredores laterais não são usados como meio para atrair, mas sim como um fim para colocar a bola uns metros mais adiantada. Não há paciência para elaborar cada ataque em organização. Quase todos se comportam no timing e no enquadramento das suas acções como se o adversário estivesse desorganizado, como se o jogo fosse só de transição ofensiva, procurando a baliza adversária o mais rápido possível.
Não há jogo de toque, nem de espaços. Há uma equipa que ataca sem qualquer critério. Sem maturidade. Tacticamente, o FC Porto é uma das equipas menos completas de toda a primeira liga portuguesa.
Fantásticos! Únicos! E com uma cadência cada vez maior de artigos. Parabéns!
Pegando neste caso, uma coisa será a percepção individual de cada situação de jogo. Mas se globalmente este é um “traço” que se repete em cada jogo, “só” pode vir do treino também, não? E como pode ser lá trabalhado de modo a mudar comportamentos em jogo e conseguir replicar muitas vezes?
Outra coisa que perturba é como foi possível jogar “outro” jogo contra o Benfica? Principalmente na primeira parte. A excepção “boa” à regra “má”.