“Para mim, defender bem é defender pouco, é defender durante pouco tempo, é ter a bola o mais tempo possível, é estar a maior parte do tempo com a iniciativa de jogo, não tendo necessidade de estar em acções defensivas. (…) defender bem é uma mistura de «pouco», em termos de quantidade de tempo, mesclado com o momento da perda da posse de bola.”
José Mourinho
Tem-se falado imenso da competência defensiva do FC Porto: elogia-se a estabilidade do processo defensivo e, sobretudo, os poucos golos sofridos.
Um olhar mais atento permitir-nos-á perceber que a causa desse sucesso não reside na boa organização defensiva da equipa.
O FC Porto não é uma equipa forte em organização defensiva. Ainda assim, tem concedido pouquíssimas oportunidades de golo. Para defender bem não é preciso defender muito tempo, e é isso que tem fortalecido a equipa de Nuno Espírito Santo.
A forma como a equipa transita defensivamente tem sido boa e isso tem ajudado a garantir um elevado tempo de posse de bola.
Neste momento de jogo, para além da velocidade de reação dos criativos, destaca-se Danilo.
Excelente.
Notam-se também alterações na abordagem de Felipe aos lances, evitando as faltas por excesso de agressividade, igualando Marcano na forma “limpa” como tem estado.
Em termos ofensivos, a utilização de futebol direto parece ter desaparecido, ao contrário do que aconteceu quando se começou a utilizar o 4-1-3-2. A construção é feita quase sempre pelo chão, de forma curta, facilitando a transição defensiva pela proximidade de jogadores na zona da perda da bola, assim como a sua reação rápida.
Alex Telles já começa a procurar zonas interiores, o que também é significativo para a imprevisibilidade do jogo ofensivo.
Continuação de bom trabalho.
Rafael
Sem duvida. O não ter ideias ofensivas e despejar para a área cruzamentos sem fim parece ter desaparecido, defensivamente quase sempre esteve bem, o Porto esta época.
Danilo, The octopus