
Este ano não acompanhei a Fiorentina. Nas poucas vezes em que os vejo, arrependo-me sempre.
Paulo Sousa apresenta um bela proposta ofensiva. Assente num futebol que privilegia um jogo apoiado, com valorização da posse e do jogo interior, a equipa do português releva muitas ideias interessantes. O jogo posicional da equipa é crucial.
Em organização defensiva, posicionam-se num 4-4-2 clássico.
Apesar dos bons princípios, falta rigor defensivo.
Ofensivamente, a equipa desdobra-se de forma assimétrica. À esquerda, ao contrário do que acontece à direita, o lateral projeta-se. A linha de três com que constroem, fica entregue aos centrais e ao defesa direito. O médio esquerdo deriva para dentro e, à direita, é o médio ala que garante largura máxima.
Frente ao poderoso Nápoles de Maurizio Sarri, a Fiorentina pagou caro por cada erro cometido. A equipa de Paulo Sousa conseguiu dividir o controlo do bola, ainda que não tenha criado muitas situações de finalização.
Tanto na fase de construção como na criação, é raro faltarem apoios próximos ao portador.
O futuro de Paulo Sousa é incerto mas a qualidade das suas ideias já é uma certeza.
Só peço que o seu destino seja o Dragão, e que lhe dêem as ferramentas para trabalhar de que precisa.