
A qualidade com bola dos defesas, e com bola refiro-me não somente ao gesto técnico, mas também à capacidade para tomar decisões, é hoje absolutamente decisiva para se chegar ao golo.
O produto final para o grande público será sempre o último passe e o remate. Todavia, para que tal possa suceder em boas condições, há uma série de etapas a serem cumpridas. Conquistar espaços a seguir a espaços, furar as linhas adversárias, uma por uma até chegar a zona de finalização, seja nas costas da defensiva adversária, ou de frente para esta, mas já com proximidade para a baliza.
O primeiro golo da supertaça em Inglaterra demonstrou claramente a forma como o ataque posicional do City está trabalhado. Paciência na primeira fase, que não mais é que engodo para enganar opositores. Toque, toque, toque, não por recreação, mas para mover opositores, e quando o espaço abre, momento para a bola furar a linha e acelerar em direcção à baliza adversária, para que não haja tempo do sector médio do Chelsea baixar e colocar-se atrás da linha da bola.
Vale a pena ver a lição do City:
Muito bom… grande apresentação. Nesta forma de atrair adversário e desposiciona-lo o que aprecio bastante e penso que faz a diferença toda é a troca de bola em zona central sem abusar dos flancos em zonas baixas. Abriu, é verticalidade em tabela até ao golo.. Sendo equipas e jogadores completamente diferentes, mas lembro-me do JJ/benfica e javi/matic com um aimar e saviola na frente… Um regalo.