
Cada um joga 87 minutos sem a bola, então se consegues mover-te para que um companheiro faça golo, és um génio. Se consegues dar-lhe soluções e salvas-o … é bárbaro! jogas para a equipa! No final do dia, os melhores jogadores de futebol são os que fazem jogar bem os outros. E eu joguei com alguns assim… que não dizem nada, mas que te tornam melhor… quem faz jogar bem, esses são os grandes… mesmo que não tenham a notoriedade…
Pablo Aimar
Ontem partilhava as palavras de Aimar com aquele que para mim é um dos médios mais excitantes da formação em Portugal, precisamente porque tem o condão de não errar uma decisão, e saber sempre esperar o momento em que se pede então um pouco de trabalho que aproxime da notoriedade. E se este não acontecer, tem sempre a capacidade de ligar o jogo com inteligência, facilitando o jogo aos colegas. Mais do que ninguém, estes talentos têm de perceber que há quem entenda como jogam, e que as avaliações ao seu trabalho, não dependem do número de golos ou assistências.
Pablo Aimar, à parte, porque bárbaro no seu processo de tomada de decisão, e liderança dentro do jogo, o fim de semana passado juntou no mesmo relvado em Chaves, dois dos melhores conectores da Liga NOS.
Chiquinho encontrou Eustáquio.
Há duas formas distintas de entender o jogo de ambos. A errada, que se traduz na procura de desequilíbrios constantes, seja no drible, último passe ou remate, e a real. A real, para quem tem maiores dificuldades em entender a importância e o que acrescentam jogadores de conexão, simplificada traduz-se numa capacidade constante para não errar tecnicamente e ir ligando o jogo desde as zonas mais recuadas até à frente, sabendo sempre perceber o timing e espaço óptimos para onde direccionar o ataque.
Não forçar, para não expor a equipa constantemente a perdas, mas antes gerindo o ritmo de cada lance, permitindo aproximação da equipa e garantindo maior fluência de transição em cada momento do jogo.
Na Liga NOS, os dois médios portugueses são duas autênticas relíquias. As equipas devem fazer-se jogar, por si próprias. Mas, sem a inteligência e capacidade de recursos técnicos de conectores, o jogo transforma-se apenas em correria e jogadas atiradas à sorte.
Pensar está caro, e não é o que a bancada mais aprecia, e todos sabemos como se movem as manadas. Porém, continuar a fazer diferente, é o destino dos melhores.
Pergunto-me se um jogador como Eustáquio não seria o complemento perfeito para um meio campo como o do Benfica, no lugar de Fejsa, ajudando à capacidade de construção a partir de trás…
Concordo! Só apena mais uma observação, este chiquinho tem se revelado uma agradável surpresa, não sei que base de decisão levou os a vender o jogador ao Moreirense sem que no mínimo vissem as prestações dele em jogos entre clubes da primeira liga.
Para quando um post sobre Miguel Luis, últimos dois jogos q jogou perdeu duas bola!!!!
Um jogo difícil cm o Nacional entrando ao intervalo cm o estádio a arder,e um jogo de UEFA.
Pensava mais num post sobre o jogo do Bruno frente ao Nacional onde foi um autêntico Maestro!
Keizer tem o seu Hakim Ziyech…(só falta agora encontrar um Lass Schone e um Frenkie de Jong)
😉
Muitos bons! Como é possível estoirar 8 milhões num troglodita como o Gabriel e mandar este jovem para o Moreirense?!