
Pep Guardiola costuma afirmar com grande acerto de que sem os jogadores os treinadores não são ninguém. Tal é absolutamente verdade. Nenhum treinador sem ter ao seu dispor matéria prima condizente com os objectivos a que o seu clube se propõe conseguirá operar milagres.
Mas, tal não iliba a responsabilidade que há sempre de apresentar trabalho de casa. E se quando os melhores estão ao dispor, tantas vezes se trata de uma questão de gestão e encaixar as peças num modelo que também os satisfaça, quando tal não acontece mais rigorosa tem de ser a intervenção do treinador.
O Ajax que encantou a Europa na temporada passada, e que cilindrou Real em Madrid e Juventus em Turim deslocou-se a Salonica para defrontar uma equipa que alinhou de início com Fernando Varela (Ex Estoril, Rio Maior, Trofense e Feirense), Anderson Esiti (Ex Leixões e Setúbal), e Dmitris Pelkas (Ex Vitória de Setúbal), numa eliminatória em que o sorteio foi uma valente fava para o PAOK de Abel.
Quando o desnível é tão gritante, mais importa o trabalho de casa. E se como esperado os gregos ficam em dificuldades na eliminatória, não se pode deixar de notar a forma como chegaram aos seus golos (resultado final de 2 a 2), com bastante do que é o trabalho de casa de um treinador.
A bola parada com aclaramento de espaços, aproveitando o método defensivo do Ajax para abrir um clarão em plena grande área dos holandeses onde apareceu um outro movimento, e o ataque posicional que atraiu pressão e explorou o espaço entre sectores holandês com a presença interior dos alas, saindo o PAOK para um ataque em igualdade numérica com espaço para jogar.
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