O jogo é tático, técnico, mas também tem muito dos aspectos volitivos. As grandes equipas e os grandes jogadores da história (e não somente os de futebol) não marcaram o jogo apenas pela classe dos seus jogadores e das suas acções, mas também por um desejo supremo pela excelência.
O João Pedro Magalhães num texto absolutamente maravilhoso por tão certeiro (aqui) falou-nos sobre o Barcelona de Pep Guardiola.
E este Bayern de 2020 que atropela todos quanto os que lhe saem ao caminho? Técnico e Táctico já o percebemos. Mas há mais para lá do físico, do técnico e do cognitivo. Há desejo por mais que fica bem patente a cada segundo do jogo. A ganhar, a perder, ou a golear. No primeiro ou no último minuto.
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Mas o desejo começa desde o 1º minuto ao contrário do Guardiola hoje, que mais uma vez se encolhe todo numa eliminatória. Ao começar hoje com walker, rodri, fernandinho e gundogan no 11, mostrou que está cada vez mais próximo dos mundanos do que daquele Olympo que um dia foi Zeus. Que grande desilusão. Não terá outra oportunidade tão boa de ganhar a Champions como este ano. A não ser que volte ao barça e reencontre o Messi.
Mais que a lição tática dos alemães, fiquei parvo com a diferença de intensidade. Faz me lembrar os meus jogos amigáveis de futebol em que às vezes o desequilíbrio entre equipas é tanto que basta acelerar um bocado para fazer golos de todos os gostos e feitios.
O que separa o Guardiola da Champions?
Gostava de entender o compromisso dos alemães com a intensidade do seu futebol. É apenas o lado mental? Tem transfer do treino para o campo?