Um City cada vez mais forte e Cancelo como um dos melhores… médios da Premier League.

Para contextualizar os nossos leitores mais desatentos, no início de Dezembro o City alterou a sua organização ofensiva para um 3-4-3, regressando às origens de Pep Guardiola como treinador, muito influenciado por Johan Cruyff (na altura escrevemos este artigo). Com esta mudança, Guardiola não deixou de colocar 4 defesas em campo. Na verdade, sem bola este City defende da mesma maneira, com dois laterais e dois centrais de raiz, com Cancelo, John Stones e Ruben Dias em destaque numa defesa que tem sofrido muitos poucos golos, sendo que Kyle Walker e Zinchenko vão alternando a titularidade numa das laterais.

Guardiola, outrora criticado e descrito como “acabado” ou “sem ideias” por ter tido um período menos entusiasmante (onde ganhava e até sofria poucos golos), soube alterar a sua equipa tendo em conta as suas individualidades e soube corrigir vários dos problemas defensivos e em transição da época passada, destruindo o duplo pivot mais contido de Rodri e Fernandinho, dando destaque a Gundogan, De Bruyne e Cancelo no centro do terreno. O lateral português tem sido uma das revelações da época, a jogar em qualquer posição, sempre com uma qualidade e irregularidade que raramente atingiu na sua carreira. Na linha de Alaba, Lahm, Abidal e muitos outros, Pep encontrou em Cancelo um defesa que tem qualidade para jogar em qualquer posição, em quem confia para não só equilibrar sem bola, mas para desequilibrar no seu processo ofensivo, arriscando-me a dizer que tem sido um dos melhores médios da liga inglesa até ao momento. (veja-se alguns dados estatísticos que compravam o excelente momento do jogador português e a influência no jogo do City)

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A equipa do City, que até se pode queixar das lesões dos seus avançados, tem mostrado que não precisa de um ponta-de-lança de raiz para ter um ataque demolidor. O 3-4-3 muito móvel tem resultado, De Bruyne e Bernardo como 10 estão como peixe na água, e Gundogan a aproximar-se das zonas de finalização e decisão tem tido um rendimento inacreditável, relembrando o Gundogan que vimos no Dortmund de Klopp, campeão alemão e finalista europeu. Esta semana teve uma exibição irrepreensível frente ao West Brom, onde ganhava por 4-0 ao intervalo e deu um autêntico “chocolate” ao seu adversário, fazendo do terreno adversário um exercício de treinos, onde mantinha a posse de bola e rodava por todos os seus jogadores com uma facilidade tremenda. Verticalidade, largura, qualidade com bola e muito critério no jogo de posição do treinador catalão para aguentarem nas suas posições, ao mesmo tempo que “andam com a bola”. Com Cancelo em destaque (golaço à mistura) e uma equipa cada vez mais confiante, deixo então os melhores momentos coletivos e individuais de uma primeira parte de luxo.

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Sobre RobertPires 84 artigos
Rodrigo Carvalho. 26 anos, treinador adjunto-analista nos San Diego Loyal, EUA. @rodrigoccc97 no Twitter.

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