Sporting vs Vizela – o campeão voltou. Curtas

 – Na estreia 36 anos depois o Vizela optou por defender em Alvalade num 442 bloco médio baixo. O Sporting taticamente não parece ter trazido grandes novidades para o primeiro jogo da época.

– O Sporting raramente conseguiu ligar com os 3 da frente. Coube aos médios e principalmente aos centrais, definirem os caminhos da progressão e criar desequilíbrio.

– Neste aspecto, a chave táctica da primeira parte é o posicionamento dos alas vizelenses. À esquerda Bondoso foi mais conservador e esteve perto de Vinagre quando a bola estava no central do seu lado. Já Cann teve mais dificuldades, variou entre sair na pressão a Gonçalo Inácio ou ficar mais atrás. A ideia parecia ficar no espaço entre Esgaio e Inácio chegando a tempo de pressionar caso o passe saísse para o ex – Braga mas nem sempre acertou o timing, expondo o lateral no 1×1. Aliás, foi desta dinâmica que o Sporting criou o lance do penalty e Álvaro Pacheco trocou os extremos de lado, até porque Kouao teve sempre a cobertura do médio. 

– Para reforçar a chegada por fora com cruzamento, e através dos alas, os leões como habitualmente sempre que possível tentaram o passe longo do médio ou central para o ala do lado contrário forçando o 1×1

– A excepção à altura defensiva do Vizela foi nas saídas do Sporting. Sendo pressionados em cima, os leões conseguiram por vezes sair da 1ª pressão e chegar mais rapidamente à baliza adversária 

– Na 1ª parte, não obstante as dificuldades colocadas pelo Vizela, o Sporting criou o suficiente para estar em vantagem

– A 2ª parte ficou marcada pelo golo madrugador do Sporting de contra-ataque. A partir deste momento o Vizela pressionou todas as saídas quando a bola estava em Adan. Por vezes, os avançados iam e a restante equipa não acompanhava, e aí o Sporting chegava ao último terço aproveitando a exposição da linha média com passe entre extremo e ala. Ao contrário da primeira parte foi possível jogar entre linhas com alguma regularidade

– O 2º golo surge de um dos problemas do Vizela nos segundos 45 minutos: a pressão nos corredores não esteve tão bem definida como a espaços a 1ª parte. Os alas demasiado dentro e alguma indefiniçãao sobre quem saia à pressão quando bola entrava à largura, permitiram que quem recebia o passe à largura, muitas vezes longo, tivesse tempo e espaço para definir..

Cumpriu o Sporting na 1ª jornada mostrando vários pontos fortes da época anterior e o Vizela em bom plano, apesar das naturais dores de crescimento

Sobre Lahm 42 artigos
De sua graça Diogo Laranjeira é treinador desde 2010 tendo passado por quase todos os escalões e níveis competitivos. Paralelamente realiza análise de jogo tentado observar tendências e novas ideias que surgem no futebol. Escreve para o Lateral Esquerdo desde 2019. Para contacto segundabola2012@gmail.com

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