À Benfica

A primeira parte foi encarnada, mas faltou o golo. Grimaldo e Everton demonstraram cada vez maior entrosamento e pelo seu carril esquerdo criou o Benfica lances suficientes para ganhar vantagem. Vekic, o guardião pacence adiou até ao limite o golo encarnado. Primeiro num passe de morte de Grimaldo para Darwin e depois perante Everton que após uma tabela surgiu na área para finalizar de pé esquerdo. Pelo caminho, Rafa isolado por André Almeida, acertou no poste, não sem antes ter recebido o passe longo do seu colega de forma absolutamente genial.

Weigl sempre certinho foi definindo rotas ofensivas encarnadas. O Benfica circulou, encontrou espaços e libertou os seus corredores para chegar às zonas de finalização, só que não marcou e foi para o intervalo empatado.

Um corte deficitário de Vertonghen deu a possibilidade a Nuno Santos de abrir a contagem na Luz, e o Benfica passou a demonstrar mais dificuldades para em ataque posicional desmontar o robusto bloco oponente.

Quando o temor se poderia instalar, dois factores chave para a reviravolta. O Tribunal da Luz que nunca deixou cair os seus homens, e a total perda de receios defensivos de Jesus. Mudou para 4x4x2, terminou com Adel e Pizzi no meio campo – adversários mais fatigados sem capacidade para sair, também por defenderem tão baixos, permitiu meio campo tão frágil fisicamente na sua capacidade de recuperação – e Seferovic e Ramos na frente de ataque. Pelo espaço intermédio (entre central-lateral) caía Rafa Silva e Everton, enquanto Grimaldo e Lazaro projetavam-se pelo seu corredor.

Foi na pressão, na vontade de roubar rápido a bola e acelerar na procura da bola que o Benfica “incendiou” o jogo. Somou ataques tantas vezes menos pensados mas, que valeram aproximações à frente, até ao momento em que Seferovic sofreu a falta que Grimaldo com um livre de elevado quilate em qualquer parte deste planeta, transformou no golo do empate.

Faltavam 12 minutos, mas o que se seguiu foi arrasador. Empolgados pelo golo, pelo tribunal da Luz e ainda mais pelo ritmo que já impunha na partida, cada ataque encarnado virou um lance de perigo. Um Benfica em modo rolo compressor nos últimos doze minutos, a somar mais três golos. Seferovic marcou após uma grande bola de Taarabt, Rafa marcou após passe de Everton, que selou a goleada após passe de Seferovic.

A entrada do Suiço veio em excelente hora. Sofreu a falta que culminaria no empate, marcou o golo da reviravolta e ainda ofereceu a Everton o quarto golo.

Esta noite, houve Benfica na Luz. No acreditar, na reviravolta, no público que não deixou cair a sua equipa.

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