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Encaixados na Construção do Barcelona – Coragem para pressionar a campo inteiro, a equipa de Jesus não se atemorizou por jogar em Camp Nou, e assumiu no momento defensivo e ofensivo, a mesma identidade que o tem caracterizado nesta temporada.
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A ideia no momento defensivo aquando da posse no meio campo ofensivo era clara – Tirar a posse / não deixar que o Barcelona jogasse.
Terá sido para o Benfica uma surpresa a forma como o Barcelona se apresentou taticamente no jogo. O 3x4x3, com a linha média organizada num losango, com Busquets a proteger as costas do talento de Gavi, De Jong e Nico, enquanto pelas bandas Demir e Alba procuravam desequilibrios em cima de Grimaldo e Gilberto, respetivamente.
Curiosamente, as mais prometedoras jogadas catalãs tiveram o seu início em roubos e saídas rápidas. Os posicionamentos ousados de Xavi precisam ainda de rotina para que a circulação e as decisões sejam mais velozes, e o Benfica controlou durante a primeira parte o jogo na sua organização defensiva. No meio campo ofensivo pressionado, no meio campo defensivo controlando, recolhendo-se no 5x4x1, que deixou Yaremchuk na frente para ser referência no primeiro passe da Transição.
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Embora mantendo identidade nos posicionamentos ofensivos, o Benfica só existiu com bola de bola parada, ao longo da primeira parte. Mas, poderia ter sido suficiente para chegar ao intervalo a ganhar. Yaremchuk perdeu um golo cantado, e no seguimento desse mesmo canto, Otamendi abriria o marcador num lance que viria a ser anulado, mas que continua a ser de muito difícil análise.
O segundo período iniciou-se com o jogo mais partido. O Benfica soltou-se, teve mais bola no primeiro terço da segunda parte do que os 40% com que terminou a primeira parte, e passando mais tempo em posicionamentos abertos porque ofensivos em posse, tal possibilitou que o Barcelona quando roubou a posse tivesse espaço para acelerar até à baliza de Odysseas. Em muitas de tais saídas com espaço, Otamendi (INACREDITÁVEL) foi resolvendo sucessivamente com a intercepção de bolas que procuravam explorar as costas da linha defensiva encarnada, mas a verdade é que até à entrada de Dembelé, nunca o Benfica se sentiu asfixiado.
o talento do francês veio expor a equipa de Jesus a mais dificuldades, mas a entrada de Lázaro, saindo o amarelado Grimaldo, bem como a tremenda entreajuda que chegava do sector médio e da aproximação de Vertonghen ao corredor, voltou a fechar os espaços de entrada.
E se o Barcelona poderia ter marcado, é no cair do pano que Seferovic em 1×0, depois de Darwin transformar o 2×1 num lance clamoroso, ludibriou o guarda redes e já sem ninguém na baliza atirou ao lado.
Um empate que pode catapultar o Benfica para os Oitavos, que garante a Liga Europa e que… soube a pouco! Em noite de excelência tática.
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