Regresso ao Passado – O Barcelona de Xavi

Motivou bastante interesse e curiosidade o regresso de Xavi à Catalunha para orientar um Barcelona que ao longo dos anos veio a perder identidade e domínio, tanto a nível nacional como internacional. O Barcelona é hoje um clube instável e sem a qualidade individual de outrora, ainda que hajam talentos a emergir que são o presente e o futuro deste projeto ainda “recém-nascido” do jovem treinador espanhol.

A aposta em Xavi marca a reorientação do paradigma catalão. Regressar ao passado é objetivo do clube e do técnico. Os primeiros meses têm sido isso mesmo, a tentativa de regressar a um jogo posicional, mais pausado, com mais bola e maior domínio sobre o adversário, a colocação dos jogadores disponíveis nas posições e funções com bola onde melhor podem servir os interesses da equipa, a reação agressiva à perda da posse de bola e a aposta nos jogadores oriundos da fabulosa La Masia.

Paralelamente a todos estes princípios, o Barcelona tem mostrado muita variabilidade nos seus posicionamentos e na forma como aborda os diversos jogos. Xavi já apresentou uma construção a 4+1, com dupla largura nos corredores laterais (laterais largos e baixos, extremos largos e na profundidade máxima) e os interiores nos halfs a variar entre construção e criação e a participar nas dinâmicas de criação de corredor lateral; já tiveram um jogo posicional assimétrico, construíndo a 3 com o lateral direito, ficando o extremo direito encarregue de toda a largura e do lado contrário o lateral esquerdo com o extremo por dentro, no corredor central, um 6 e 3 jogadores em criação; e também já mudaram o sistema apresentando-se com 3 defesas, não alterando os posicionamentos com bola.

Ainda com muitos problemas de crescimento, o Barcelona de Xavi vai passo a passo regressando ao passado.


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