Jogava-se no Estádio Japoma, em Douala aquele que para mim seria o jogo dos oitavos de final, opondo duas das favoritas a vencer a competição. O Egito segue em frente mantendo o estatuto de favorito a vencer o CAN 2021, tal como eu tinha mencionado no primeiro artigo. As exibições dos Faraós não são de encher o olho, mas são uma equipa muito bem trabalhada por Carlos Queiroz e muito disciplinada taticamente. Rigor e disciplina, poderão ser a base do sucesso dos egípcios.
Omar Marmoush, aos 16 minutos de jogo, conduziu a bola para zonas interiores e quando conseguiu algum espaço disparou com força ao ferro da baliza de Badra Sangaré. Seria mais um grande golo neste CAN, mas o ferro impediu esse feito. O segundo aviso pertenceu novamente aos Faraós, por via da sua estrela Mohamed Salah, que conseguiu espaço para rematar à baliza com o seu pé esquerdo e obrigou o guarda-redes marfinense a desviar para canto. A equipa dos Elefantes sofreu um percalço, quando perdeu um dos seus pilares, Franck Kessié ao sair lesionado. As oportunidades iam surgindo para a equipa de Carlos Queiroz, desta vez, Mo Salah assistiu Mostafa Mohamed que viu o seu remate a ser defendido. Logo a seguir, foi a vez de Ibrahim Sangaré, que com um pontapé acrobático aos 39 minutos iria deixar na história do jogo um grande momento registado, mas El-Shenawi respondeu bem ao espetacular remate do médio do PSV. No último lance da primeira parte, Sébastien Haller com um remate forte de primeira à entrada da área teve perto de surpreender o guarda-redes egípcio. Jean Jacques Ngambo, da República Democrática do Congo, deu assim por terminada uma boa primeira parte, com duas grandes equipas a fazerem valer dos seus estatutos.
A primeira grande oportunidade da segunda parte pertenceu ao Egipto, depois de um bom trabalho de Salah que assistiu Amr Al-Soleya que atirou por cima. Logo depois, a equipa de Patrice Beaumelle esteve muito perto de inaugurar o marcador através do seu ponta-de-lança, Sébastien Haller que na sequência de um canto com um ligeiro desvio, ia enganando o guarda-redes egípcio. Os Faraós voltaram a aproximar-se da baliza, desta vez por intermédio de Trezeguet quando decorria o minuto 73. Com Wilfried Zaha, aos 84 minutos, os Elefantes podiam ter ficado numa posição privilegiada para continuar na competição, mas Moha El-Shenawi respondeu bem ao remate. Ibrahim Sangaré permitiu que o recém-entrado Mohamed Abougabal fizesse um voo espetacular para defender o seu remate.
Depois de um bom jogo de futebol, embora sem golos, as equipas seguiram para as decisões na marca de grande penalidade. Ficou determinado que os Elefantes seriam os primeiros a bater:
🇨🇮 Nicolas Pépé ✅ 🇪🇬 Zizo ✅
🇨🇮 Ibrahim Sangaré ✅ 🇪🇬 Amr Al-Soleya ✅
🇨🇮 Eric Bailly ❌ 🇪🇬 Omar Kamal ✅
🇨🇮 Maxwel Cornet ✅ 🇪🇬 Mohamed Monem ✅
🇨🇮 Wilfried Zaha ✅ 🇪🇬 Mohamed Salah ✅
Com a grande penalidade perdida por Eric Bailly, o Mohamed Salah ao bater em último lugar, não vacilou e colocou o Egito na fase seguinte. Os marfinenses Ghislain Konan (ex-Vitória SC) e Jean-Michaël Seri (ex-FC Paços de Ferreira) foram titulares, enquanto que Willy Boly (ex-FC Porto) não entrou na lista de convocados. O egípcio Zizo (ex-Moreirense FC) entrou no decorrer da segunda parte.
Vídeo retirado do YouTube oficial da CAF
Ao saber que iriam encontrar os vice-campeões do Senegal nos quartos de final, Mali e Guiné Equatorial lutavam no Estádio Limbe por uma vaga na próxima fase. Após mais um jogo que ficou por resolver no tempo regulamentar, nem o prolongamento foi suficiente, tendo mesmo ficado tudo definido após a marcação de grandes penalidades. A Guiné Equatorial foi assim a equipa que ficou a sorrir ao final de 8 grandes penalidades para cada equipa.
A primeira ameaça à baliza partiu dos pés do avançado maliano, Ibrahima Koné, que num remate à meia-volta atirou de pé esquerdo ao lado do poste da baliza de Jesús Owono. O Mali ia tentando chegar à vantagem, que poderia ter chegado se Amadou Haidara conseguisse rematar bem uma bola que recebeu após a marcação de um livre. A bola ficou à mercê do médio do RB Leipzig que em boa posição para inaugurar o marcador, não conseguiu efetuar bem o remate, deixando que a bola fosse lentamente até às mãos de Jesús Owono. Foi uma primeira parte dividida, com poucas oportunidades de golo para ambos os lados.
Na segunda parte, a grande ocasião de golo do jogo pertenceu a Mohamed Camara. O médio do Red Bull Salzburg recebeu a bola na zona do pénalti de Yves Bissouma e na cara do guarda-redes, enviou-a por cima da barra. O Mali continuou a ameaçar a baliza do seu adversário, muito por via da sua estrela, Moussa Djenepo que já em campo foi-se mostrando inconformado com o empate. Já no prolongamento, Basilio Owono tentou surpreender Ibrahim Mounkoro com um remate de longa distância, com o ressalto da bola na relva quase a enganar o guarda-redes maliano.
As equipas seguiram para as decisões na marca de grande penalidade e ficou determinado que seriam os comandados de Juan Micha os primeiros a bater:
🇬🇶 Emilio Nsue ❌ 🇲🇱 Adama Noss Traoré ✅
🇬🇶 Rubén Belima ✅ 🇲🇱 Moussa Djenepo ✅
🇬🇶 Carlos Akapo ✅ 🇲🇱 Massadio Haïdara ❌
🇬🇶 Jannick Buyla ✅ 🇲🇱 Hamari Traoré ❌
🇬🇶 Pablo Ganet ❌ 🇲🇱 El Bilal Touré ✅
🇬🇶 Saúl Coco ✅ 🇲🇱 Aliou Dieng ✅
🇬🇶 Ibán Salvador ✅ 🇲🇱 Mohamed Camara ✅
🇬🇶 Santiago Eneme ✅ 🇲🇱 Falaye Sacko ❌
Falaye Sacko (Vitória SC) e Kiki Kouyaté (ex-Sporting CP) jogaram todo o jogo, com o jogador do Vitória SC a falhar o pénalti decisivo para o Mali. Adama Noss Traoré (ex-Rio Ave FC) entrou na segunda parte e bateu uma grande penalidade com sucesso. Do lado dos apurados, Rubén Belima (ex-GD Estoril-Praia) entrou e bateu uma grande penalidade bem sucedida, enquanto que Luís Asué (SC Braga) não saiu do banco.
Vídeo retirado do YouTube oficial da CAF
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