Deu, mais uma vez, Amorim – Curtas

Mais um derby de muita agressividade, muita intensidade, muitos duelos e pouco futebol. Ganhou a equipa que mais duelos venceu e que conseguiu importunar mais com bola. O Sporting é hoje (muito) mais equipa que os encarnados. Os jogadores reconhecem melhor o modelo, é mais organizada, há uma grande relação socio-afetiva em campo e todos, sem excepção, parecem transpirar confiança. Mérito de Amorim que construiu e trabalhou um grupo onde todos são melhores jogadores hoje que quando iniciaram esta caminhada e acaba assim por conquistar pela terceira vez consecutiva esta taça.

90 minutos de Sporting a pressionar o Benfica e a conseguir retirar o tempo e o espaço suficiente para os encarnados não terem bola. Na sua organização defensiva habitual, os 3 da frente foram muito pressionantes, mas foi Matheus e Palhinha que se destacaram. Passada larga que lhes permite chegar rápido e cobrir grande parte do terreno, ganham todos os duelos e conseguem efetivar muitas vezes com recuperações para sair jogável. Incapacidade gritante do Benfica em conseguir bater a pressão, guardar a bola e/ou criar dificuldades na última linha adversária.

Benfica mais controlador que pressionante, nunca conseguiu manter a bola coberta e importunar o portador e contra este Sporting isso é um erro fatal. Os movimentos de ataque à profundidade são constantes, em todos os corredores e as rupturas de grande qualidade. O facto de todos já se conhecerem no pormenor fazem com que saibam precisamente para onde olhar, não percam timings e sejam capazes de colocar a bola nas condições ideais para cada receptor. Apesar de ter conseguido resolver vários problemas, a linha defensiva benfiquista sofreu bastante com a forma como o Sporting vai jogando com a profundidade.

O Benfica é atualmente uma equipa desacreditada, sem objetivos e longe daquilo que o potencial do plantel pode apresentar. Salvou-se Everton que marcou e foi o único a conseguir agitar com o jogo do lado encarnado.

1 Comentário

  1. Vitória incontestável, da equipa que mais fez por isso.
    Sobre o Benfica: viu-se algo interessante, vindo de fora. Os jogadores do banco saltavam para resmungar e estiveram sempre ligados ao jogo. Isso satisfez-me, porque me incomodava bastante a apatia generalizada.
    A primeira parte foi de controlo com contenção, mas na segunda foi de uma incapacidade brutal. Os médios não avançam para dar linhas ao avançado, há muito para fazer. Meité é melhor opção para o terceiro médio, mas fico a pensar se alguém como Pizzi ou Taarabt não deveria encaixar no outro médio, justamente para chegar a zonas de finalização, já que João Mário fica algo aquém neste capítulo – talvez encaixá-lo à direita, para fazer de quarto médio, fosse inteligente, pois apostar em dois extremos que apenas podem cruzar para um avançado, parece frouxo. Estou pouco entusiasmado, mas vamos ver…

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