Toda a Superioridade Leonina – Momento Ofensivo

Tal como foi escrito no pós-jogo, o Sporting é hoje muito mais equipa que os encarnados. O modelo de jogo está mais bem definido e trabalhado, os jogadores compreendem-no e as relações entre eles estão cada vez mais fortes. No derby da final da Taça da Liga, foi visível toda a superioridade do conjunto de Amorim em relação ao Benfica. E se a equipa de Nelson Verissimo se mostrou completamente despreparada para este encontro, o Sporting conseguiu atacar todas as debilidades do plano de jogo traçado pelo adversário.

No momento ofensivo, toda a superioridade leonina explicada em alguns pontos:

  • Superioridade na construção. O Sporting apresentou o seu habitual 3+2 (que muitas vezes é um 3+1+1) em construção, com a altura dos laterais a variar sempre consoante a pressão da equipa adversário. Contra um Benfica que num primeiro momento optou por colocar os extremos intermédios – numa posição que não conseguiam saltar nos centrais, não cortavam linhas de passe exteriores , nem protegiam o espaço interior – e com os médios a agarrar individualmente os médios do Sporting (João Mário com Palhinha e Meite com Matheus Nunes). A equipa de Amorim saiu inumeras vezes por fora, obrigava a baixar e mantinha a bola, rodando o jogo pelas coberturas, ou acelerava o jogo em criação. Já na segunda parte, extremos mais baixos na tentativa de defender a largura do Sporting, com os médios a saltar em alguns momentos de condução, o que permitia a bola entrar por dentro. Também os extremos, apesar de mais baixos, nunca conseguiram impedir a entrada da bola em criação, nomeadamente com bolas que eram variadas de pé para pé e chegavam em posição de agredir o extremo em condução.
  • Bolas descobertas. A ausência de uma pressão agressiva do Benfica na construção do Sporting, permitiu que a bola estivesse sempre descoberta, algo que contra este conjunto verde-e-branco é fatal. O portador da bola tinha sempre tempo e espaço para decidir e executar, nunca tendo sido verdadeiramente importunado pelos jogadores encarnados.
  • Jogar com toda a largura e profundidade. Sem capacidade para pressionar nem encaminhar o jogo adversário e sem colocar a bola coberta, a linha defensiva do Benfica esteve sempre exposta a todos os ataques leoninos. A opção de defender a largura total do Sporting com uma linha defensiva de 4 elementos enquanto o portador não era sequer importunado minimamente, fez com que fosse fácil brincar com as basculações dos 4 defesas encarnados. Sair por um lado para atrair e chegar rapidamente a lado contrário, onde aí encontravam situações de criação bastante vantajosas para explorar. Também os constantes movimentos de ataque à profundidade em todos os corredores criaram dificuldades à linha defensiva encarnada. Concluindo, com tantas bolas descobertas na construção, o Sporting “brincou” como quis com a largura e profundidade da linha defensiva do Benfica que esteve sempre demasiado exposta.
  • Rupturas nas costas do lateral. Seja na primeira ligação ou após variação, cada bola que entrava em corredor lateral em criação era sinónimo de ruptura interior nas costas do lateral. Muitas chegadas a zonas de cruzamento e/ou finalização a partir deste tipo de jogadas, algo que o Benfica nunca soube nem esteve preparado para defender.

Concluindo, um jogo de total superioridade leonina que com mais acerto técnico e na definição poderia ter lançado o marcador para uma vantagem bem mais alargada.

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