
Um dos assuntos que Ruben Amorim mais vê debatidos entre meios de comunicação e adeptos é a utilização de Daniel Bragança. O jovem, formado em Alcochete, que já brilhou na época que fez por empréstimo no Estoril e que mereceu a chamada de Ruben aos trabalhos do Sporting, não tem desiludido e este é o ponto: Porque é que Amorim não dá ainda mais minutos a Bragança?
A resposta pode ser simples e complexa ao mesmo tempo. Ruben Amorim montou uma equipa que explora essencialmente o jogo exterior e bem menos o jogo interior e acima de tudo, tem resolvido imensos jogos com transições rápidas. Ora se olharmos para a escolha habitual do treinador, percebemos que Matheus Nunes consegue enquadrar-se mais neste contexto de Box-to-Box. Sendo que Matheus ainda utiliza muitas vezes o corredor esquerdo para arrancar e quebrar linhas de pressão do adversário.
Já Daniel Bragança é um jogador com imensa classe, imensa qualidade técnica mas menos combativo, menos box-to-box e mais “pensador”. Tem tudo que ver com opções para o que se quer da equipa e a verdade é que podem jogar ambos, em momentos diferentes.
Sempre que o Sporting sente que precisa de ter bola e de fazer rodar o jogo de corredor para corredor até achar o espaço, Bragança consegue entregar essa característica. Bragança tem uma noção do jogo excelente. Não é um jogador de correrias, é um jogador que pensa, avalia as opções e decide.
Daniel Bragança é um mestre na arte de antecipar o que vai fazer mesmo antes de ter a bola e posteriormente a sua recepção já vai ser adequada à intenção que tem.
Embora Matheus Nunes e Daniel Bragança sejam jogadores completamente diferentes, não é de descartar pedir mais minutos para Bragança dada a sua qualidade com bola.
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